Ampliado atendimento a deficientes mentais

Brasília – Mais 70 Centros de Atenção Psicossocial (CAPSi) serão criados no País para tratar exclusivamente de crianças e adolescentes com problemas mentais graves. Há em funcionamento 36 centros deste tipo. “Cerca de 40 mil pacientes serão atendidos nestes centros”, estimou ontem o ministro da Saúde, Humberto

Costa

No CAPSi o adolescente com “transtornos mentais severos” pode passar o dia, recebe atendimento médico-psiquiático e participa de oficinas de artes plásticas e música, informa o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado. Ele pode ficar das 9h às 18h, caso seja necessário, e depois volta para casa; mas também pode freqüentar o centro uma vez por semana ou somente para algumas consultas. O centro também oferece atendimento domiciliar.

Segundo Delgado, cerca de 12% da população com menos de 19 anos têm crise de ansiedade, depressão ou transtornos alimentares e precisam de tratamento, mas apenas entre 3% e 4% necessitam de atendimento contínuo.

Para o ministro Humberto Costa, a violência e a fome são fatores que contribuem para elevar, no Brasil, o número de casos de pessoas com doenças mentais e usuárias de drogas.

“Este problema é mais comum do que se imagina”, endossa o terapeuta comunitário Henrique Dantas, do grupo Interagir, que trabalha com prevenção a doenças mentais entre adolescentes. Único jovem a participar da cerimônia no Ministério da Saúde de criação dos 70 novos CAPSi, Dantas diz que os maiores problemas dos adolescentes são drogas, álcool e falta de auto-estima.

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