América do Sul quer livre comércio

Brasília (ABr) – Os 12 países que integram a Comunidade Sul-americana de Nações (Casa) decidiram começar a preparação de uma proposta de área de livre comércio sul-americana. Mas "orientados principalmente para a promoção de melhores níveis de qualidade de vida, geração de trabalho decente, justa distribuição de renda e extensão de benefícios sociais a seus habitantes". A decisão consta na Declaração Presidencial de Brasília, documento final da 1.ª Reunião de Chefes de Estado da Comunidade Sul-Americana de Nações. Os presidentes e chefes de governo dos países membros da Casa também se comprometeram com a redução das assimetrias regionais, "quando possível", mediante complementação das economias sul-americanas o tema será discutido em reunião convocada para o dia 21 de outubro, na Bolívia.

No encontro o presidente do Peru, Alejandro Toledo, passou a secretaria temporária da Comunidade Sul-Americana de Nações (Casa) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da 1.ª Reunião de Chefes de Estado da comunidade, no Palácio do Itamaraty. A idéia, segundo Toledo, é que o presidente Lula dê continuidade às ações prioritárias da agenda estabelecida nos 10 meses da presidência do Peru. Por sua vez, o presidente brasileiro afirmou que a região deve avançar rumo a uma integração "com mais ação e menos retórica".

Kirchner

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, decidiu ir embora antes da abertura solene da reunião de presidentes. Segundo fontes da chancelaria argentina, a saída precoce de Kirchner se deve a compromissos políticos que ele terá em Córdoba hoje. No entanto, o que se comenta nos bastidores é que Néstor Kirchner teria fugido de um mais que provável encontro com Eduardo Duhalde, seu principal adversário político. Mais uma vez, o presidente argentino boicota um evento que tem o Brasil como ator principal.

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