Água e comida de prisão na Bahia estão no fim, diz polícia

Os estoques de água e comida do Presídio de Salvador, na Bahia, onde mais de 700 detentos estão rebelados desde o final da manhã de domingo, estão no fim, informou a polícia. Os presos mantêm cinco reféns, três agentes penitenciários e dois presos considerados de boa conduta. Ainda assim, os rebelados reforçam as exigências para liberarem os reféns e terminarem a manifestação. Cerca de 150 familiares e amigos dos presos também continuam na unidade, para acompanhar a rebelião.

Segundo o superintendente de Assuntos Penais da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado, coronel Francisco Leite, os detentos entregaram uma "pauta enorme" de reivindicações esta manhã. "São pedidos das mais diversas ordens, na maioria dos casos referentes a áreas administrativas", afirma. "Estamos analisando o que pode ser feito." Ele acredita que, por causa da escassez de água e alimentos, é possível que o motim chegue ao final até a noite desta quarta-feira (1º).

Leite, porém, afirma que os amotinados recuaram no principal impasse que mantém a rebelião: o retorno à unidade de dois presos, Maurício Vieira da Silva, conhecido como Cabeção, de 32 anos, e Josevaldo Bandeira, o Val, de 30 anos, transferidos para a Unidade Especial Disciplinar (UED) de segurança máxima, junto com outros 49 detentos, em 27 de junho. A transferência foi feita no dia seguinte à fuga de Eberson Souza Santos, conhecido como Piti, de 27 anos, tido como um dos maiores traficantes de drogas da Bahia. Val e Cabeção, parceiros de Piti, são apontados pela polícia como lideranças dentro do presídio.

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