Advogado acredita que estrangeiro possa ter matado executivo da Shell

Rio

– O advogado da família Staheli, João Mestieri, disse hoje, em entrevista coletiva, acreditar que o assassino de Zera e Michelle Staheli seja um estrangeiro. Ele sugeriu que o crime tenha relação com os negócios do diretor da Shell. Antes de trabalhar no Brasil, Zera Staheli prestou serviços na Bolívia, Arábia Saudita, Rússia e Ucrânia. Mestieri confirmou a participação do filho de 10 e da filha de 13 anos do casal na reconstituição do crime, marcada para às 8h de hoje. O objetivo da reconstituição é saber o real posicionamento de cada uma das testemunhas, incluindo os filhos do casal assassinado. Os investigadores pretendem ainda conhecer a acústica do quarto do casal. Os filhos do executivo da Shell garantem não terem ouvido qualquer barulho durante aquela madrugada. Disse, ainda, que o secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, deveria divulgar o conteúdo da conversa que teve anteontem com os dois agentes do FBI que estão no Rio para acompanhar a investigação da polícia carioca. O advogado criticou a atuação das autoridades de segurança do Rio. “É uma solução cômoda a hipótese de uma pré-adolescente de 13 anos e um pirralho de 10 terem trucidado os pais. Assim, não há violência no Rio, a violência é importada.” Os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli voltaram ontem à casa de Zera Staheli, no Condomínio Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca, para fazer novas medições no quarto do casal assassinado. A idéia é tentar medir a força empregada pelo assassino e estabelecer a sua altura aproximada.

Voltar ao topo