1ª tenda para morador de rua em SP atende metade da capacidade

O primeiro dia de funcionamento da tenda emergencial montada pela Prefeitura de São Paulo para moradores de rua, no Vale do Anhangabaú, no centro da capital, teve mais vagas ociosas do que preenchidas. Com capacidade para alojar até 500 pessoas, o abrigo recebeu 232 moradores de rua. Ficaram vazios 268 leitos. A tenda se localiza na Galeria Prestes Maia e funciona todos os dias, das 18h às 7h.

Esta foi a primeira das quatro tendas anunciadas pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que ao todo terão capacidade para atender mil pessoas. A próxima a ser erguida será na Mooca, também na região central. A Sé e o Glicério também vão receber o abrigo emergencial, de acordo com a Prefeitura.

Sob pressão, após a morte de cinco pessoas em situação de rua, Haddad anunciou as tendas como parte das medidas emergenciais para essa parcela da população no inverno.

Nesta quarta, 22, Haddad comemorou o número de moradores atendidos e afirmou que a tenda “foi um acerto”, pois demandou pouco investimento, mas teve “muita adesão”. “Achei muito boa a adesão, para o primeiro dia. Ninguém conhecia o endereço. É um endereço novo para o morador em situação de rua. As pessoas precisam ser informadas”, afirmou.

Segundo a Prefeitura, na tenda da Prestes Maia, as carroças serão guardadas no próprio local pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Para os animais de estimação, será montado até o final desta semana um espaço para abrigar os cães. Haddad disse que “até isso está sendo feito” para atender a todos os perfis de moradores de rua. “Alguns reclamam da distância. Carregar uma carroça com um animal por alguns quilômetros não é fácil para ninguém. No centro isso está sendo superado. É mais próximo (dessa população)”, destacou.

O abrigo da Galeria Prestes Maia tem acesso pelo Vale do Anhangabaú e pela Praça do Patriarca. São 250 beliches, com banheiros femininos e masculinos, e também para pessoas com deficiência. Os acolhidos recebem café da manhã e jantar.

Sobre os casacos amontoados na região da Sé, o prefeito explicou que os funcionários da zeladoria têm ficado “receosos” com a “exploração política” que tem sido feita em torno do assunto. “Às vezes, a pessoa está pegando um cobertor que está lá, sem uso aparente, sem ninguém ao lado ou próximo que possa vir a utilizar novamente aquela coberta, e fica com receio de pegar com medo de responder a uma arguição do Ministério Público. Então, é natural que haja um pouco de aflição”, disse.

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