Brasil terá sistema para monitorar comércio exterior de serviços, diz Furlan

Rio – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, anunciou hoje (7) a criação de um sistema de dados para monitorar o comércio exterior de serviços.

Segundo ele, o novo sistema vai suprir a falta de um mecanismo consistente de medida do comércio exterior de serviços e, assim, contribuir para o crescimento do setor. "O sistema vai permitir acompanhar segmento por segmento, empresa por empresa e, com isso, alavancar um crescimento ainda maior do comércio de serviços".

A previsão é que o Siscoserv entre em funcionamento até o final do ano, funcionando de modo semelhante ao Siscomex, sistema que já existe para a exportação de bens. Quando estiver implementado, ele fornecerá resultados semanais, mensais e projeções para o setor.

Além da falta de informações específicas, Furlan apontou como obstáculos para o crescimento da exportação de serviços os entraves burocráticos, as questões tributárias e a legislação cambial desatualizada.

Para o ministro, o Brasil tem condições de ampliar sua participação no comércio internacional de serviços. "Este é um filão no qual o Brasil tem condições de competir", disse, acrescentando que há potencial para as empresas brasileiras na exportação de serviços. Nesse sentido, Furlan destacou as áreas de engenharia, tecnologia, informação e comunicação, saúde e turismo.

O ministro participou hoje, no Rio de Janeiro, do 1º Encontro de Nacional de Comércio Exterior de Serviços. O seminário foi promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com o objetivo de colher sugestões para que o governo possa reduzir as barreiras que o setor enfrenta para crescer.

Durante o encontro, Furlan propôs a criação de uma câmara de exportação de serviços que seria um fórum de debates e de proposição de medidas públicas para o setor. De acordo com ele, o comércio de serviços é responsável pela geração de 50% da vagas de trabalho no país.

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