Brasil quer instalar polo gás-químico na fronteira com a Bolívia

O governo brasileiro sinalizou para a Bolívia que está interessado num projeto desenvolvido pela Petrobras para instalação de um pólo gás-químico na fronteira dos dois países. Isso seria algo muito importante, até politicamente estratégico, na medida em que uma das grandes questões levantadas durante a recente crise institucional da qual resultou a substituição do governo boliviano é a necessidade de agregar valor ao gás dentro do seu território.

A informação foi dada hoje pela ministra Dilma Rousseff, após a reunião na Câmara dos Deputados com líderes partidários para discutir detalhes das Medidas Provisórias 144 e 145, que tratam do novo modelo do setor elétrico brasileiro. Esse pólo gás-químico teria, de acordo com a ministra, a dupla função de viabilizar investimentos e industrializização na Bolívia e no lado brasileiro da fronteira. O assunto foi tratado pela ministra de Minas e Energia durante visita à Bolívia no último fim de semana.

A Petrobras contratou uma consultoria para realizar os estudos de viabilidade do projeto e os primeiros indicadores mostram que o pólo gás-químico na fonteira brasileiro-boliviana pode produzir GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), fertilizantes e produtos petro-químicos. “Considerando que uma das regiões que mais crescem no Brasil é a centro-oeste, a Petrobras mostrou aos bolivianos que o projeto tem uma perfeita adequação aos interesses de ambos os países”.

A ministra acrescentou que para esse projeto será solicitado à Bolívia o direito de exportação, que ela não deu pelo caminho do Chile/Pacífico, “e, obviamente, o governo boliviano sinalizou o seu interesse”.

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