Brasil quer aumentar diálogo com africanos no fórum em Mali, diz ministra

Brasília – Começa amanhã (19) em Bamako, no Mali, a edição africana do Fórum Social Mundial. A secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, ministra Matilde Ribeiro, que vai representar o Brasil no evento, acredita que o fórum será um bom momento para intensificar as relações entre brasileiros e africanos.

De acordo com a ministra, as visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a países africanos já vêm contribuindo para estreitar os laços entre Brasil e África em áreas como política, economia, educação, trabalho e saúde. "Nosso trabalho tem sido de estímulo, para que as ações do governo possam levar adiante o componente da promoção da igualdade racial como elemento de inclusão social, para fortalecer as relações brasileiras com esses países", explicou Matilde.

A ministra lembrou que é preciso trabalhar também para valorizar os afro-descendentes no Brasil. "Pecisamos fazer com que afro-brasileiros sejam valorizados enquanto cidadãos e resgatar nosso componente africano a partir da cultura, da história e da valorização da presença da África na geopolítica mundial", afirmou.

Matilde Ribeiro disse que sua participação no fórum do Mali contribuirá para reforçar o diálogo entre brasileiros e africanos. "O fórum é um espaço privilegiado de debate sobre as perspectivas democráticas", avaliou a ministra.

O Fórum Social Mundial, realizado pela primeira vez em 2001, caracteriza-se pela busca de alternativas às políticas neoliberais. A edição africana vai de amanhã até a próxima segunda-feira (23). Na abertura, a ministra participará do painel "A luta das mulheres do Sul: ética, política e descolonização do pensamento". Ela deverá falar sobre a situação das mulheres negras na América do Sul e Caribe e destacar as políticas brasileiras relacionadas a gênero e raça.

Neste ano, diferentemente do que ocorreu nas cinco edições anteriores, o Fórum Social Mundial terá três cidades como sede: Bamako, no Mali, Caracas, na Venezuela, e Karachi, no Paquistão.

Voltar ao topo