Brasil poderá ceder mais na OMC, diz Furlan

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, acredita que o Brasil poderá ceder mais na negociação para a liberação de produtos industriais na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), não de uma única vez mas ao longo de um período. De acordo com o ministro, a indústria brasileira tem condições de ter ganhos de competitividade de 1% ao ano, se forem tomadas medidas de estímulo à produção.

Esse cálculo faz parte de uma série de estudos desenvolvidos pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) para subsidiar as negociações, que, novamente, terminaram sem conclusão na reunião ministerial da semana passada em Genebra.

Embora tenha admitido que o Brasil pode fazer mais concessões na área industrial, Furlan ressaltou que o País só se moverá na negociação se houver as contrapartidas concretas que o Brasil vem demandando na área agrícola.

O ministro lamentou as más notícias vindas de Genebra, o que leva a se perder mais uma oportunidade de concluir uma rodada, que teria grande impacto econômico e social no mundo inteiro.

Furlan afirmou que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que coordena o G20, tem feito um grande esforço para o avanço das negociações e até mesmo para fazer concessões da parte brasileira. No entanto, ressaltou, "não há vontade política". "Talvez seja o momento de transição em vários países europeus. Infelizmente, as notícias não são boas.

Ainda assim, uma nova tentativa de acordo será realizada neste mês, o que significa que as negociações ainda têm chances, na avaliação do ministro.

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