A constituição do Banco do Sul, impulsionada pela Argentina e a Venezuela, teve hoje (9) um salto qualitativo de importância. O Brasil anunciou a decisão de somar-se comissão que, em um prazo de 120 dias, deverá definir os objetivos da instituição financeira sul-americana.
O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, ministra da Economia da Argentina, Felisa Miceli, durante encontro que mantiveram esta manhã, em Buenos Aires. Durante a reunião, os dois avançaram também em temas como a eliminação da dupla tributação no comércio bilateral e a utilização de moedas locais para as transações entre os dois países, a partir do dia 1o de julho.
A criação do Banco do Sul, impulsionada pelos presidentes Hugo Chávez e Nestor Kirchner durante encontro que mantiveram no último dia 21 de fevereiro, na Venezuela, foi o tema mais importante da reunião, disse hoje Mantega, durante coletiva de imprensa conjunta.
Com o ingresso do Brasil, já são quatro os países da região que oficializaram sua adesão constituição da entidade financeira regional, junto com Argentina, Venezuela e Equador. O tema mais importante da reunião que mantivemos com a ministra Miceli foi a criação do Banco do Sul, sublinhou o brasileiro.
A afirmação foi feita logo depois da ratificação do interesse argentino para que o Brasil se incorpore comissão que definirá os parâmetros para a constituição do banco. Temos a responsabilidade e o critério comum de criar uma nova instituição para buscar a solução dos problemas de financiamento de nossos países, indicou Miceli.
Instado a precisar melhor sua opinião sobre quais devem ser as características da nascente entidade, Mantega se mostrou partidário de aproveitar as estruturas do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e da Corporação Andina de Fomento (CAF), dos organismos financeiros multilaterais.
O chanceler da Venezuela, Nicolas Maduro, que está em visita Argentina acompanhando o presidente Hugo Chávez, informou hoje que o governo boliviano de Evo Morales confirmará amanhã sua incorporação conformação do Banco do Sul. O acordo com a Bolívia está pronto, e amanhã será assinado pelo presidente Evo Morales, disse o chanceler.