Brasil e Argentina não se entendem sobre comércio de fogão

Brasil e Argentina não chegaram a um acordo quanto às exportações de produtos brasileiros da linha branca (geladeiras, fogões e lavadoras de roupas) na reunião bilateral realizada nesta quinta-feira (30), no Rio. Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, Ivan Ramalho, os empresários daquele país e o governo argentino querem mais um acordo em que os brasileiros se comprometem a restringir voluntariamente suas exportações. Ramalho contou que tanto o empresariado do setor, quanto o governo do Brasil acham que os acordos anteriores já foram uma importante contribuição para a Argentina, que não precisaria mais desses mecanismos.

Ramalho exaltou os pontos positivos do comércio bilateral entre os dois países, que deve chegar esse ano à faixa de US$ 20 bilhões. O Brasil é o maior mercado para a Argentina e a Argentina é o segundo maior mercado para o Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos.

Outro tema foi o de calçados, onde os dois países concordam que não há mais necessidade de cotas. A ampliação das exportações brasileiras neste setor já conseguiram recuperar a fatia do mercado argentino que o Brasil tinha perdido e que havia sido ocupada por produtos asiáticos. Os brasileiros também querem que a Argentina reduza o imposto de exportação do trigo argentino, hoje em 20%, para 10%. O objetivo é igualar as condições de venda de farinha de trigo e pré-mescla do produto entre os produtores brasileiros e argentinos.

Voltar ao topo