O governo brasileiro acompanhou hoje (05) com preocupação os incidentes ocorridos durante a marcha de camponeses em Assunção, Paraguai.
A violência dos protestos levou o presidente paraguaio, Luiz González Macchi, a adiar a transferência da estatal do setor de telecomunicações, Copaco, ao setor privado.
Nas avaliações do Itamaraty e do Palácio do Planalto, esse cenário alimenta os riscos de queda de Macchi e de instabilidade institucional e ainda deverá complicar as negociações em curso entre o país vizinho e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Hoje, o Paraguai foi o país que mais absorveu a atenção das autoridades brasileiras. Fontes do governo avaliam que, do ponto de vista político, o país vizinho ainda apresenta certo grau de fragilidade nas suas instituições democráticas, que pode levar a uma nova tentativa de ruptura.
Em 1998, as atuações do Brasil e da Argentina foram essenciais para impedir um golpe de Estado em maturação contra o ex-presidente Juan Carlos Wasmosy.