Brasil aceso

Persiste a dúvida cruel: haverá ou não desabastecimento de energia no início da próxima década? Especialistas afirmam que o ritmo do crescimento da economia reforça a percepção de aumento do consumo em percentuais acima da capacidade de atendimento.

Um indício claro do problema aflorou em maio, quando o consumo de energia aumentou 8,2% em relação a igual período do ano passado. À medida que a demanda maior evidencia o crescimento de alguns setores da economia, também traz a inquietação quanto às dificuldades de suprir as necessidades na medida certa.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, constatou que o total da eletricidade consumida em maio chegou a 30.650 GWh (gigawatts hora), estimulado pela demanda de estabelecimentos comerciais, de modo especial, shoppings e supermercados. Em seguida veio o consumo residencial.

Representantes dos investidores privados em energia não afastam o risco do racionamento já em 2011, chamando a atenção para o atraso na construção de novas usinas hidrelétricas, em função dos problemas internos enfrentados pelo governo.

Buscando uma solução plausível, o governo investe na exploração de gás natural para abastecer as termelétricas, além de negociar a importação de países produtores. As duas usinas do Madeira estarão prontas em 2012. O drama, porém, começa um ano antes…

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