Bovespa fecha em baixa de 0,34%, com resgate de lucro

A Bolsa fez uma parada nesta terça-feira (17), após fechar em nível recorde por sete vezes em oito pregões. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou o dia em queda de 0,34%, aos 48.755 pontos. Antes do recuo, porém, o índice voltou a bater recorde, o de pontuação máxima em sua história: 49.156 pontos. Essa nova marca histórica foi atingida no início dos negócios, quando a Bolsa subiu 0,48%, sob o impacto positivo dos dados de inflação e do setor imobiliário nos Estados Unidos referentes a março. Os dois indicadores ajudaram a amenizar as principais preocupações dos investidores.

O índice de preços ao consumidor norte-americano subiu 0,6%, exatamente dentro do previsto por economistas, e o núcleo (que exclui os preços de energia e alimentos) avançou 0,1%, ante previsão de alta de 0,2%, sinalizando que não há descontrole da inflação e que pode haver espaço para um corte nos juros norte-americanos a partir de meados do ano. Além disso, o número de construções de residências iniciadas no mês passado cresceu 0 8%, contrariando expectativas de queda de 1,6%. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou em alta de 0,41%, aos 12.773 pontos (dados preliminares), próximo do recorde de 12.786 pontos atingido em 20 de fevereiro.

Mas, depois ter ido às máximas, a Bovespa passou a oscilar entre o campo positivo e o negativo, numa tentativa de realização de lucros. Nada mais natural depois de sete recordes de pontuação no mês, que resultaram numa alta de 6,81% em abril e de 10% neste ano. Segundo analistas, a Bolsa parou para tomar fôlego, mas a tendência de alta continua.

As ações do setor bancário, que ontem responderam pelas maiores valorizações do pregão, continuaram na liderança do ranking. Nesta terça-feira, o destaque foi Itaú PN, que subiu 2,55%. As ações preferenciais da holding Itaúsa avançaram 1,26%. A Itaúsa informou hoje a compra dos ativos de private banking (gestão de grandes fortunas) do ABN Amro na América Latina por aproximadamente US$ 150 milhões. A carteira, que engloba ativos registrados nos Estados Unidos, Suíça e Luxemburgo, é avaliada em US$ 3,3 bilhões.

Na mínima do dia, o Ibovespa cedeu 0,59%. O volume negociado totalizou R$ 3,56 bilhões.

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