São Paulo – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, disse nesta segunda-feira (11) que a liberação do financiamento para a Volkswagen vai depender de uma resposta da empresa sobre o seu processo de reestruturação. ?A resposta dada pela empresa foi que para dar uma resposta definitiva sobre os seus planos de investimento ela dependia da conclusão da negociação com o sindicato. Então o BNDES está aguardando uma resposta da empresa sobre o plano?, afirmou.
De acordo com Fiocca, o financiamento à montadora vai depender principalmente da decisão da empresa sobre a fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, que pode ser fechada. ?O que surgiu nas últimas semanas, como fato novo, e que, portanto exigia análise do banco, foi a possibilidade de fechamento da fábrica. Isso não estava previsto inicialmente?, disse Fiocca, ressaltando que uma solução adequada do problema na montadora pode ser positiva para o caso. ?A evolução favorável da situação joga a favor da manutenção de um plano de investimentos?.
Nesta segunda-feira a Volkswagen apresentou uma nova proposta de reestruturação aos trabalhadores da fábrica Anchieta. A proposta prevê que o processo de desligamento de 3.600 funcionários deverá ocorrer em três anos, por meio de planos de demissão voluntária (PDV). E pode ser prolongado até 2010, dependendo da demanda do mercado. No caso de a meta dos planos de demissão não ser atingida, segundo a proposta, a fábrica poderá indicar os desligados.
O presidente do BNDES falou à imprensa após palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre ?A economia no Brasil e o papel do BNDES?.