Bird libera empréstimo de US$ 505 milhões para apoiar crescimento

Brasília – O Banco Mundial (Bird)aprovou a liberação de US$ 505 milhões para apoiar medidas microeconômicas e reformas institucionais no Brasil. Os recursos também poderão contribuir para reduzir a vulnerabilidade externa do país e ampliar as reservas líquidas internacionais. O vencimento do empréstimo será em 14 anos, incluindo cinco de carência.

O empréstimo se destina a quatro áreas principais, com impactos de curto, médio e longo prazos: redução dos custos de logística, melhoria do ambiente empresarial, aumento da eficiência do setor financeiro e incentivo ao progresso tecnológico.

Segundo o Banco Mundial, as despesas com logística representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e a maior parcela dos gastos das empresas. Com o empréstimo, o governo federal poderá reduzir em 40% o tempo de liberação alfandegária, cortar em 10% os custos de manuseio de contêineres nos portos, reduzir em 5% os custos do transporte rodoviário e aumentar em 10% o transporte não-rodoviário.

No que diz respeito ao ambiente de negócios, mais melhorias poderão promover parcerias público-privadas, aumentar a competitividade interna reduzir o tempo do registro de empresas e, principalmente, aumentar a recuperação de empresas insolventes, com a nova Lei de Falências.

No setor financeiro, deverão ser reduzidos os custos operacionais dos bancos, aumento do acesso a serviços financeiros, diminuição do risco de crédito e estímulo a expansão do setor de seguros. Segundo o Banco Mundial, o maior acesso dos pobres á contas bancárias também é um fator. Em 2006, haverá 8 milhões de novas contas bancárias, passando dos 95 milhões para 103 milhões.

De acordo com o banco, a Lei de Inovação, proporcionará aumento de até 20% nos contratos de transferência tecnológica entre universidades e o setor privado e uma ampliação de até 10 pontos percentuais na parcela de Pesquisa e Desenvolvimento do setor privado. O programa de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo poderá gerar US$ 100 milhões em crédito de carbono.

O Brasil é um dos maiores clientes do Banco Mundial, com um total de US$ 30 bilhões e uma carteira de projetos pendentes de US$ 8,4 bilhões. A atual carteira de projetos do Banco do Brasil compreende 53 projetos em execução, com compromissos líquidos de cerca de US$ 4,7 bilhões.