BID renova convênio para restauração de patrimônio histórico brasileiro

Foi prorrogado por mais dois anos o empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a execução do Programa Monumenta, do ministério da Cultura. O contrato de US$ 62 milhões, que venceria neste mês, foi garantido após o crescimento nos resultados.

O Programa apóia a restauração de monumentos em áreas tombadas como patrimônio histórico brasileiro. Ao todo, 20% do valor total do empréstimo já foi gasto. Sendo que 15% foi investido apenas em 2004.

A receita para usar melhor esse dinheiro foi a inversão dos gastos. Se antes, 95% do que era usado ia para atividades administrativas. Agora, 80% é gasto especificamente nos monumentos, obras, restaurações e financiamento de imóveis privados.

De acordo com o coordenador do programa, Luis Fernando de Almeida, essa melhor administração da verba foi o que garantiu o empréstimo por mais dois anos. "O convênio tinha uma péssima execução. O BID compreendeu essa inversão, no sentido de maior capacidade oranizacional e foi o primeiro a dar um parecer positivo para a prorrogação do contrato sem cortes".

O programa existe desde 99. Ao todo, 38 obras já foram restauradas e outras 200, em 26 cidades, estão em andamento e devem ser finalizadas até o final de 2006.

Um dos pontos do Monumenta é que a obra não seja apenas restaurada, mas ações de auto-sustentabilidade também são levadas uma das características dos projetos. Uma antiga fábrica de tabaco e cigarrilhas (construída em 1881), por exemplo, será recuperada com investimento de R$ 4 milhões do Monumenta. Localizada em Cachoeira, na Bahia – a 110 quilômetros de Salvador -, ela irá se tornar um campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, por meio de acordo firmado com o Ministério da Educação.

A idéia é que o campus ofereça cursos de Ciências Humanas e Arquitetura, para estudar a preservação do patrimônio. "Pela primeira vez você tem um investimento de redimensionalização econômica e não apenas ações pontuais", afirma o coordenador.

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