BID emprestará US$ 1 bilhão para programas sociais brasileiros

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) emprestará ao governo brasileiro US$ 1 bilhão para a ampliação do Programa Bolsa Família e o fortalecimento de projetos de proteção e assistência às crianças e jovens em situação de risco. O acordo foi acertado ontem (14) entre o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o presidente do BID, Enrique Iglesias.

A parceria entre o BID e o governo brasileiro permitirá que seja cumprida a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ampliar o atendimento às pessoas que utilizam o Bolsa Família, programa de transferência de renda destinado às famílias em situação de pobreza, com renda per capita de até R$ 100.

O programa atende atualmente quatro milhões de famílias, mas a meta é alcançar 6,5 milhões até o final do ano e 11 milhões até o final de 2006, atingindo assim todas as famílias que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vivem abaixo da linha de pobreza, um universo de 44 milhões de pessoas.

Desde 1961, o BID já fechou 303 empréstimos com o Brasil, num total de US$ 26,1 bilhões, segundo informações da instituição. No ano passado, o banco aprovou seis empréstimos para o governo brasileiro no valor de US$ 339,3 milhões, a maioria destinado a projetos na área de infra-estrutura.

Além do Programa Bolsa Família, o novo empréstimo financiará projetos voltados à proteção e assistência de crianças e jovens em situação de risco, como o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), o Programa Sentinela, de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, e o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF).

?Compartilhamos de uma compreensão comum e solidária de que precisamos reverter no Brasil, na América Latina e no mundo esse quadro de violência onde os jovens são vítimas e autores numa guerra sem vencedores?, afirmou Patrus Ananias.

Segundo o ministro, os recursos ainda não têm data definida para serem liberados, mas é provável que estejam nos cofres públicos ainda este ano e poderão ser ampliados em 2005.

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