Berzoini diz que não existem elementos contra Palocci

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), voltou a defender hoje o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, depois de ter divulgado na quarta-feira (15) uma nota em solidariedade a ele.

Apesar de ressaltar que as investigações sobre o caso devem prosseguir, Berzoini afirmou que não existem elementos, até o momento, que sugiram que Palocci tenha mentido. "Se ele disse que não esteve naquele local (mansão do Lago Sul de Brasília), nós acreditamos na palavra dele", disse.

Sobre se o depoimento do caseiro Francenildo dos Santos Costa, mais conhecido como "Nildo", poderia ter atendido a algum interesse oposicionista ou dito mentiras, o presidente nacional do PT destacou que não cabe ao partido "achar nada em relação a isto", no atual momento.

"Cabe apenas, a partir dos fatos colocados na CPI (comissão parlamentar de inquérito) – e o ministro Palocci, tendo reafirmado seu posicionamento em relação a isso – confiar na palavra de uma pessoa que conhecemos há mais de 20 anos e que sempre disse a verdade."

Berzoini disse ter conversado por telefone hoje com Palocci para manifestar o apoio em relação ao caso e também afirmou que não teve conhecimento de um eventual pedido de demissão por parte dele.

Sobre se a legenda, na reunião do diretório nacional marcada para este fim de semana, aprovará uma resolução em solidariedade a Palocci, ele destacou que vê como suficiente o comunicado distribuído quarta-feira à noite.

"Ficar repetindo notas poderia, ao contrário de produzir um bom efeito, produzir um efeito de insegurança", opinou. Berzoini participou hoje, no Hotel Paulistânia, em São Paulo, de uma reunião da corrente majoritária da sigla, em preparação para o encontro de amanhã (18). O presidente nacional petista reiterou ainda que a CPI dos Bingos tem ido além dos objetivos e é usada como um instrumento político-eleitoral pela oposição. "A CPI dos Bingos tem extrapolado, constantemente, seu direito constitucional. Ela foi instalada por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) exatamente para apurar os bingos. Estão tentando transformá-la num instrumento político-eleitoral num ano de eleições presidenciais", disse.

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