Banco Central reduz projeção da inflação acumulada

Brasília – O aumento acumulado das tarifas de energia elétrica, estimado antes em 3,3%, teve a projeção reduzida para 2,2%, de acordo com a ata da reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizou na semana passada. O documento foi divulgado nesta quinta-feira (26) e mostra, também, que a projeção de reajustes acumulados da telefonia fixa para 2007 caiu de 3,9% para 3,4%.

Essa avaliação das tendências de inflação, realizada pelo BC, considera, ainda, que os preços da gasolina e do gás de cozinha não sofreram reajustes ao longo de 2007, a despeito da ?incerteza inerente às previsões dos preços futuros do petróleo?. Em especial, explica o documento, por causa da incerteza geopolítica no Oriente Médio.

De modo geral, a ata do Copom afirma que a projeção de inflação acumulada é de 4,2%, e não mais de 4,5%, como afirmava na reunião anterior. Essa taxa se refere a preços de combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação, água, saneamento, transporte urbano, entre outros, grupo conhecido como "produtos com preços administrados por contrato ou monitorados".

O valor projetado pelo BC está acima, portanto, da projeção divulgada no Boletim Focus. O boletim é uma pesquisa realizada pelo BC com cem analistas do mercado financeiro. Distribuido na última segunda-feira (23), o boletim previa inflação para 2007 de 3,5% nos preços administrados. Para 2008, o boletim projeta inflação de 5,2% nos preços administrados, que equivalem a quase um terço na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), parâmetro para a trajetória de metas do governo.

O Copom não faz previsões da inflação, mas destaca a pesquisa que a Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin) faz todas as semanas junto a uma centena de analistas de mercado. A pesquisa mostra o IPCA em torno de 3,8% no ano, com projeção de 3,64% nos próximos 12 meses.

Essa expectativa, segundo a ata do Copom, sugere "a consolidação de um ambiente macroeconômico cada vez mais favorável, para horizontes mais longos?. Em outras palavras: favorável à continuação do processo de redução da taxa básica de juros.

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