Preço Justo

Saiba quais são os carros mais baratos de 19 países

Imagine comprar um carro zero quilômetro por R$ 7 mil? No Brasil é algo inimaginável, mas na Índia não. Por lá, esse é o valor cobrado pelo supercompacto Nano, da Tata Motors, que também é proprietária da Jaguar e Land Rover. Ele custa quase quatro vezes menos que o modelo mais acessível em solo brasileiro: o Renault Clio Authentique 1.0, que parte de R$ 27,1 mil.

A enorme diferença no preço é uma das constatações feitas pela consultoria automotiva Jato Dynamics, que identificou os carros mais baratos nos principais mercados do mundo. E o resultado mostra que o mercado brasileiro ocupa o 14º lugar no ranking, ou seja, ele consegue ser “mais barato” que apenas cinco países quando o assunto é preço de automóvel.

Os modelos vendidos por aqui também ficam atrás de outros mercados no quesito equipamentos. O Dacia Sandero vendido na Grã-Bretanha, por exemplo, possui controle de tração e estabilidade. Seu preço é de 5,2 mil libras esterlinas (cerca de R$ 25,4 mil).

O Renault Clio vendido no Brasil, no comparativo, é cerca de R$ 2 mil mais caro, não traz os dispositivos de segurança. Dacia e Renault são parceiras no mercado europeu. O Sandero, inclusive, é o modelo mais acessível em seis das 19 localidades pesquisadas.

A lista mostra ainda os Estados Unidos na penúltima posição do ranking, o que dá a impressão de ser um mercado caro. Ma não é. Na verdade, na terra do Tio Sam quase não existe carros zero-quilômetro “pelados” como no Brasil.

Um dos mais “populares” por lá é o Nissan Versa 1.6 (109 cv), que oferece de fábrica direção elétrica, ar-condicionado, sistema de áudio com entrada auxiliar, airbags laterais e de cortina (além do duplo frontal), monitoramento da pressão dos pneus, controles de estabilidade e de tração e freios ABS com distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD) e assistência de frenagem (BA).
E o preço: US$ 12 mil (R$ 37,5 mil). Por aqui, o Versa começa em R$ 41.990, com motor 1.0 (77 cv), e da versão norte-americana repete de série apenas direção elétrica, ar-condicionado e freios com EBD e BA.

No entanto, o aumento da concorrência no Brasil tem favorecido o incremento de itens de série nos modelos de entrada, como direção hidráulica ou elétrica, ar-condicionado e vidros e travas elétricos.

Entre os motivos para a etiqueta mais salgada em nosso mercado estão a alta carga tributária do país e os custos pesados com logística. Mas, não é só isso. Acrescente nesta conta a margem de lucro das montadoras e a disposição de o consumidor em pagar um valor bem superior ao de outros mercados.