Range Rover Evoque é para chamar atenção

Bem diferente dos tradicionais utilitários esportivos que estão no mercado, o Range Rover Evoque, com suas linhas modernas e suaves, não é propriamente um carro para quem quer passar despercebido, mas sim para quem gosta de ser o centro das atenções. Seu desenho associado ao motor 2.0 de 240 cavalos fez a marca encontrar a fórmula do sucesso.

Com cinco meses de mercado, a média mensal de vendas é de 450 carros em março, foram 596 unidades, o que faz do Evoque o veículo de marca de luxo mais vendido do país, superando todos os modelos de Audi, BMW, Mercedes e Volvo. De acordo com Fabio Almeida, gerente de vendas da Euro Import, em Curitiba cerca de 55 unidades são entregues mensalmente. O crossover em sua versão Prestige Tech, como esta que foi avaliada, está com o preço de R$ 259 mil naquela concessionária.

Olhando o carro por fora percebe-se que seus traços mais marcantes são os faróis e lanternas verticais, as grandes rodas de 20 polegadas em contraste com a carroceria baixa igual à altura de uma Palio Adventure e pequena área envidraçada. Para não comprometer a visibilidade, o fabricante adotou algumas medidas corretas, como os grandes retrovisores externos, além de um sistema de câmeras de 360 graus, sensores de estacionamento e detector de veículos nos pontos cegos, além do conforto gerado pelo sistema Park Assist, que localiza a vaga de estacionamento, mede o carro e faz a baliza.

Como a tecnologia reina neste 4×4, para entrar basta tocar a maçaneta da porta se a chave estiver no bolso. Por dentro, o acabamento é feito com esmero e há modernidade do formato dos bancos ao painel. Há couro para tudo quanto é lado e a tela central no painel é um verdadeiro centro de comunicação, sendo a responsável pelos comandos da telefonia, áudio, vídeo, televisão, câmeras e navegação. Duas telas estão à disposição dos passageiros traseiros, que também podem escolher a sua própria programação. O sistema de som é uma orquestra com 11 alto-falantes de 380 watts de potência. O teto recaído não compromete o conforto dos ocupantes, a não ser que tenham altura idêntica aos de jogadores de basquete. E no porta-malas há 330 litros de espaço para a bagagem.

Desempenho

Para dar a partida basta pisar no freio e apertar o botão de ignição. O barulho do motor a gasolina é suave, mas trata-se de 2.0 litros de quatro cilindros, reforçado com o uso de turbo e injeção direta de combustível que resulta em 243 cavalos de potência e 34,6 kgfm de torque (força). A tração é integral. O câmbio é automático de seis marchas e não há a tradicional alavanca e sim um comando giratório. As trocas manuais, para quem desejar, podem ser feitas pela aletas incorporadas ao volante.

Com o crossover rodando, basta dar uma pisada leve no acelerador para perceber a disposição do motor. A turbina entra logo em ação e permite que a faixa de torque máximo apareça em rotações bem baixas. E se, por acaso, pressionar com mais força o acelerador dá para sentir as costas colando no banco ao mesmo tempo que o ponteiro do velocímetro sobe com vigor. Afinal, pelos dados da marca, a sua aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,6 segundos.

Como é baixo, o Evoque demonstra boa performance em curvas, situação reforçada pela tração integral, pneus largos e controle de estabilidade e tração. Isto sem mencionar a suspensão ativa, que analisa as condições de rodagem e fica mais rígida (privilegiando a estabilidade) ou elástica (mais confortável). No fora de estrada, o sistema Terrain Response controla eletronicamente e adapta as configurações de tração, torque, suspensão e aceleração para piso normal, grama/neve, lama/sulcos e areia. Outra boa surpresa é que não é um beberrão. Chega a fazer entre 7,5 e 8 km/litro de gasolina.

N&atild,e;o que o Evoque não aguente peripécias no fora de estrada, mas seus pneus de passeio com perfil baixo não são os mais adequados e o estepe disponível é o de emergência. E mesmo tratando-se de um autêntico Land Rover, provavelmente o seu dono terá mais apetite em acelerar com todo o conforto e segurança o carro pelo asfalto do que se aventurar na lama.

Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
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