Inventores vêm tentando criar uma solução híbrida para a mobilidade. Um veículo capaz de atender aos requisitos mínimos de um automóvel que também pudesse navegar como um barco (anfíbio) ou voar como aviões, helicópteros ou girocópteros. A idéia é antiga. As tentativas são cada vez mais inteligentes. E as soluções encontradas, mais adequadas.
Pois bem, tínhamos o automóvel graças ao Sr. Benz e o avião inventado por Santos Dumont, mas ainda não estávamos satisfeitos com as conquistas. Nós sempre queremos mais. Livres para ir e vir por terra ou ar, em 1917 (Glenn Curtiss) vimos surgir o primeiro projeto de um carro voador. Loucura? Talvez. Mas muitos o consideravam o próximo passo. Desde 1917, quando Curtiss surgiu com seu projeto, até hoje muitos carros voadores foram criados e vêm sendo aperfeiçoados.
A última investida neste segmento foi dada esses dias, quando uma empresa holandesa, com base em Rotterdam, anunciou o PALV (Veículo Pessoal Terrestre e Aéreo), uma mistura de automóvel, motocicleta e girocópitero. A empresa é a Spark Design, do ramo de projetos de "design" e engenharia, e o mentor John Bakker, um aficionado pela proposta híbrida terra-ar. O veículo, meio estranho como todos que atendem a essa idéia, é funcional, simples e reúne características bastante interessantes.
Suas dimensões são reduzidas, o que facilita trafegar pelas ruas. A carroçaria é feita de um composto plástico e as pás da hélice podem ser recolhidas enquanto o PALV estiver circulando por terra. O motor é rotativo, oferece autonomia para até 550 km de vôo e permite ao PALV alcançar a velocidade máxima de 195 km/h ou 200 km/h sobre o solo. O peso total do bichinho fica em 550 kg, não incluso o piloto. O motor tem 213 cavalos e o consumo, segundo o fabricante, é igual a 30 km/l ou a 5 min de vôo em velocidade constante de 100 km/h.
Entre as coisas interessantes desse veículo está o sistema de suspensão, que permite à carroçaria um balanço especial, como o das motocicletas, e torna o PALV mais estável que os triciclos comuns. O preço do "carro voador" ainda é uma interrogação.