Novo Jetta chega com duas versões

Depois de alcançar 9,6 milhões de unidades vendidas no mundo, o Novo Jetta foi totalmente redesenhado. Ficou mais longo, com maior distância entre eixos e assim mais estável e confortável. Agora chega do México, nas versões Comfortline e Highline, com desenho totalmente novo executado na Alemanha, onde também é produzido.

Nota curiosa e, sobretudo importante é o desenho da carroceria ser de autoria de dois brasileiros, os gêmeos Marcos Antônio e José Carlos Pavone, 33 anos, ambos formados em Desenho Industrial pela Universidade MacKenzie e trabalhando atualmente em Wolfsburg, depois de terem começado na Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, em 2000 e 2002, respectivamente.

O objetivo da VW é óbvio. Ou seja, reforçar presença em duas faixas de sedãs médios japoneses, franceses e americanos, a 65/70 mil reais e a 90 mil reais, por intermédio das versões Comfortline e Highline, respectivamente.

Verdadeira receita de um dividido em dois. O Highline (R$ 89.520) vem com motor 2-litros turbo com interresfriador, injeção direta, duplo comando de válvulas. Com 200 cv a 5.100 rpm e 28,5 mkgf  a 1.700 rpm, empurra com vigor os 1.375 kg do veículo.

Seu câmbio robotizado de 6 marchas e duas embreagens contribui para a expressiva aceleração 0-100 km/h em 7,3 segundos, com velocidade máxima de 238 km/h (dados de fábrica).

O Comfortline (R$ 65.755 manual, 5 marchas e R$ 69.990 automático de seis) também é de dois litros, (1.984 cm³)  porém de aspiração natural e de geração mais antiga.

É o mesmo motor que propulsionava o Bora.  É flex e desenvolve 120 cv a 5.000 rpm e 18,4 mkgf a 4.000 rpm com etanol.  E acelera de 0 a 100 km/h em 10/11,1 segundos (manual/automático) com etanol e atinge  202/198 km/h, de acordo com a Volkswagen.

Durante o lançamento, rodamos nas duas configurações. Escolhemos o Jetta Comfortline para descer de Mogi das Cruzes em direção a Bertioga. E voltamos à Mogi na versão turbinada, para testar o motor na sinuosa serra que liga os dois municípios.

Na ida, o que nos surpreendeu foi o comportamento dinâmico muito equilibrado e seguro. As trocas de marcha da versão com câmbio manual também agradaram, com engates precisos e suaves. A ergonomia foi outro aspecto positivo neste primeiro contato. Os comandos são todos intuitivos e bem localizados.

Na volta, o carro mostrou ser um autêntico esportivo de luxo. Tem um equilíbrio dinâmico primoroso. Mesmo em alta velocidade, o sedã se manteve firme nas curvas, sem transmitir qualquer vibração ao volante ou insegurança ao motorista.

E o câmbio DSG de seis velocidades e dupla embreagem encanta pela eficiência. No geral, o Jetta é um carro muito bom de guiar, bem equipado e com preços competitivos.