Mudanças no C3 para ampliar o leque de consumidores

Até o ano passado o modelo C3 da Citroën era um hatch com jeito de monovolume compacto, de linhas discretas, que agradava principalmente as mulheres. Porém, com as recentes modificações feitas pelos designers da marca francesa, o carro se modernizou e pode ampliar o leque de consumidores. Com motor 1.6 de 122 cv com etanol e 115 cv com gasolina, equipado com o sistema Flex Start, que dispensa o tanquinho de partida a frio, a versão Exclusive Automática, custa R$ 57 mil em Curitiba (já com o IPI).

As mudanças deixaram o compacto mais robusto, com imponente grade de barras largas cromadas e o chevron da marca ao centro. Os faróis de desenho recortado e duplo refletor se destacam diante do capô curto. O para-choque dianteiro tem novas formas e comporta uma grade central do tipo colmeia, faróis de neblina e luzes diurnas de LED. O mais interessante é o parabrisa Zenith que se estende até a cabeça dos passageiros da frente e aumenta o campo de visão vertical da frente em mais de 80 graus ante os para-brisas convencionais. E se o sol estiver forte demais, não precisa esquentar a cabeça: basta puxar a cobertura retrátil para diminuir a incidência de luz dentro do carro.

No interior, os mostradores com fundo preto e números brancos são de fácil visualização. E o carro oferece computador de bordo, ar- condicionado digital, airbag duplo, direção elétrica com ajuste de altura e profundidade, freios ABS, rádio, CD player/MP3/USB/entrada auxiliar/Bluetoooth/comando satélite na coluna de direção, retrovisores com regulagem elétrica, vidros dianteiros com acionamento elétrico, sendo o do motorista com um toque e antiesmagamento, vidros traseiros elétricos, volante com regulagem de altura e distância, porta-luvas refrigerado, entre outros itens.

Desempenho

O câmbio automático de quatro marchas da versão 1.6 Exclusive trabalha bem com o motorista. Ele troca as marchas no momento certo, sem deixar o motor gritar muito. A 90 km/h, o motor trabalha a apenas 2.500 rpm e o ruído não chega a incomodar. Com o câmbio em modo “Drive” é possível fazer a troca de marchas pelas aletas no volante, mas ele não indica, no painel, qual a marcha você acabou de engatar, mostrando apenas um “D”. Em modo “S”, esportivo, ele apenas indica que está em condição de acelerar até o limite de giros, ainda sem indicar a marcha.

Econômico

A versão do C3 com motor 1.5 é para quem não tem pressa. O novo motor bicombustível, evolução do antigo 1.4 de apenas 82 cavalos e 12,6 kgfm de torque, agora rende 93 cv e 14,2 kgfm de torque quando abastecido com etanol. A diferença de mais de uma dezena de cavalos, aliada a uma redução de peso de 10 kg (1.091 kg do C3 antigo e 1.081 kg do novo) é claramente notada. E de acordo com a Citroën, o novo motor 1.5 flex, desenvolvido pela equipe de engenharia brasileira, é 5% mais econômico que o antigo 1.4, graças as medidas de redução de atrito em alguns componentes. novo coletor de admissão e melhorias na aerodinâmica da carroceria.

Roberto Massignan Filho
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