Dobradinha da Repsol é a segunda da era moderna

A vitória de David Muffato e o segundo lugar de Raul Boesel na etapa de Campo Grande, disputada no último domingo (13/04), no Autódromo Internacional Orlando Moura, significaram a segunda “dobradinha” da era moderna da Stock Car. Desde que a categoria iniciou o processo de renovação tecnológica, marcado pela introdução do chassi tubular em 2000 e do motor V8 no ano seguinte, a única vez em que pilotos da mesma equipe conquistaram os primeiros lugares havia sido em 2001 em Tarumã.

A coincidência é que o vencedor Paulo Gomes e o segundo colocado Muffato defendiam a mesma Equipe Repsol que mandou na corrida deste fim de semana. E o domínio começou já nos treinos classificatórios: Raul Boesel, que substitui Paulão a partir desta temporada, largou na pole e dividiu a fila de honra com o companheiro. Muffato brilhara também na véspera, ao fechar a sexta-feira com a volta mais rápida.

A Equipe Repsol atravessa a melhor fase desde que a petroleira de origem espanhola entrou na Stock Car em 2000. Muffato, que estreou em 2001, já acumulara uma série de bons resultados, como os segundos lugares em Tarumã e em Interlagos. Mas os carros preparados pelo competente Ereneu Boettger na sede de Timbó, em Santa Catarina, nunca estiveram tão competitivos. Em Curitiba, na abertura do campeonato, Boesel saiu em terceiro e Muffato em 10º. Na prova, no entanto, os dois se envolveram em acidentes quando corriam na zona do pódio.

Como consolo, restou a ambos os melhores tempos -Muffato fez a volta mais rápida, seguido por Boesel. Muffato diz que a vitória em Campo Grande foi a primeira de uma série e que estará na briga pelo título junto com Boesel. “No fim do ano passado, nos reunimos com o pessoal da Repsol e decidimos aumentar os investimentos na equipe. A chegada do Boesel, que trouxe uma vasta experiência de séries internacionais, representou um salto de qualidade. A consultoria prestada por Alfons Hohenester, especialista em suspensões que fomos buscar na Alemanha, também está fazendo a diferença”, observa o piloto de 31 anos, justificando o crescimento da Equipe Repsol.

Com os resultados de Campo Grande, Muffato subiu para a segunda colocação e Boesel alcançou o terceiro lugar. É a melhor posição dos pilotos da Repsol na Stock Car. A equipe foi beneficiada também pela nova relação de equilíbrio que a categoria vem experimentando e que deverá se acirrar cada vez mais. O líder Ingo Hoffmann (Filipaper) foi o único a terminar entre os 10 que pontuam nas primeiras provas do ano.

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