Doblò é uma mistura de “van” e automóvel

A Fiat sabe interpretar os sonhos dos consumidores, razão de seu sucesso. Nesse aspecto, o elogio é rasgado mesmo. Ela vai ao ponto exato do que o consumidor espera. Enquanto todo mundo corria atrás de um veículo familiar com sete lugares, a Fiat tratou logo de colocar um no mercado com preço mais acessível, espaço interno de sobra, desempenho e muito conforto: nascia o Doblò, um veículo de linhas controversas e que de tão feio ficou até bonitinho.

Na avaliação que fizemos do Doblò, a surpresa: mesmo utilizando o motor aspirado de 1.600 cc de cilindrada e sendo também um veículo destinado ao transporte de cargas e passageiros, mostrou-se ágil na estrada, fazendo ultrapassagens seguras e ganhando velocidade rapidamente. Mas em subidas – mesmo as de inclinação não muito elevada -, ele deixa a desejar, estando o carro cheio.

É preciso dar uma “embaladinha”. Mesmo assim, viajar com ele é muito bom porque o Doblò tem a vantagem de ser um veículo com todos os apetrechos e utilidade de uma van e de ter a estabilidade de um automóvel.

A versão para passageiros, que o Jornal do Automóvel avaliou, oferece muito espaço para as pernas e o conforto é idêntico ao de um bom automóvel de passeio. O nível de ruído interno, com os vidros fechados, é até baixo para o conhecido motor 1.6 16V, o que demonstra bom isolamento acústico.

Visibilidade

O acabamento interno do Doblò é razoável, não faz feio, e os controles dão a ele um diferencial de “meio futurista” que agrada principalmente aos jovens. São três fileiras de bancos. Na frente, dois lugares; na segunda fileira, três lugares e na última, dois – onde vão duas crianças ou dois adultos de baixa estatura. O porta-malas, com os bancos traseiros rebatidos, leva 750 litros. É imenso.

Quanto à visibilidade, ela só existe nos retrovisores laterais. Querer enxergar o que se passa pelo vidro de trás é perda de tempo. Mesmo virando a cabeça e tentando enxergar, o que você vai ver são os encostos de cabeça, nada mais. A Fiat deveria disponibilizar um sensor de aproximação para o veículo, uma questão de segurança.

Prazer ao dirigir

O painel traz computador de bordo em todas as versões, mesmo na básica. Os bancos são bem firmes, mas de boa adaptabilidade. A suspensão absorve bem as imperfeições do piso e isso conta pontos no conforto. O Doblò é um veículo que dá prazer de dirigir, principalmente na estrada. Transmite segurança, tem computador de bordo, opcional de ABS, fácil acesso aos comandos, enfim, é na medida para quem faz questão de estar bem acomodado. Os freios ABS são opcionais, o mesmo ocorrendo com os “airbags”. A versão testada tinha ambos os equipamentos e, quanto ao ABS, pudemos conferir o quanto esse dispositivo é fundamental em veículos altos como o Doblò.

O motor é o 1.6 16V “Corsa Lunga” – o mesmo do Brava – e a versão avaliada pode ser encontrada com preço médio de R$ 35 mil (com ABS e “airbag”). Há também diversas outras versões, como a cinco lugares com duas portas deslizantes. Vale a pena experimentar o Doblò se você procura um veículo espaçoso, gostoso de dirigir e bom de estrada.

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