Com características de minivan, Spin chega ao Brasil

Um dos lançamentos mais importantes do ano para a Chevrolet finalmente chegará às concessionárias. A Spin estará à venda a partir desta semana com preços que variam de R$ 44.590, para a versão de entrada LT com cinco lugares e câmbio manual , a R$ 54.690, na configuração LTZ com sete lugares e transmissão automática. A novidade irá substituir de uma só vez a Meriva e a Zafira antes de aposentarem, ambas ganharão a edição limitada Collection. Toda as configurações carregam o motor 1.8 Econo.Flex, que desenvolve 108 cavalos de potência máxima.

A Spin tem características de minivan, mas a General Motors do Brasil preferiu classificá-la como MPV, sigla em inglês para veículo de uso múltiplo. Realmente comparada às prováveis concorrentes, ela destoa um pouco. É mais encorpada e robusta que Fiat Idea, Nissan Livina, Honda Fit, Citroën C3 Picasso e JAC J6, chegando quase a flertar com o estilo dos utilitários esportivos.

Num primeiro momento, seu visual não chega a empolgar. Há traços fortes do sedã Cobalt, como os vincos nas laterais e as maçanetas. Ambos, aliás, são carros globais, desenvolvidos pela GM brasileira, e compartilham a plataforma (o entre-eixos é o mesmo: 2,62 m) e muitas peças, como câmbio manual de cinco marchas e suspensão.

Divulgação/GM

Por dentro, a semelhança continua. Embora o contorno do painel seja diferente, o volante e quadro de instrumentos têm o mesmo desenho. Ou seja, velocímetro e marcador de combustível digitais ocupando uma tela junto com o computador de bordo, enquanto o conta-giros analógico se destaca do lado esquerdo (neste caso, ele se difere do formato visto no Cobalt). Os painéis de porta e revestimento dos bancos também seguem o mesmo padrão do utilizado no sedã.

A dianteira lembra a de um utilitário (remete à picape S10), mas a traseira não casa com o restante do corpo. É estreita, de caimento reto e com lanternas pequenas. Design que privilegia o espaço vertical para o bom aproveitamento dos sete lugares.

O porta-malas da minivan carrega 710 litros na versão de cinco lugares e 553 litros na de sete ocupantes. Com os bancos da terceira fileira em uso, a capacidade cai para 162 litros. Ao contrário do que fez a Nissan com o Grand Livina, a Chevrolet não criou uma versão alongada para acomodar a terceira fileira. O resultado é um espaço reduzido para os dois passageiros detrás. Com o rebatimento dos bancos de passageiros, a capacidade para bagagem sobe a 1.668 litros.

A LT já vem de fábrica com airbag duplo, freios com ABS e EBD, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, alarme antifurto e banco do motorista e coluna de direção com regulagem de altura. Traz como opcionais roda de liga leve (o aro de 15” é comum a todas), rádio com CD Player MP3, Bluetooth e entrada auxiliar, transmissão automática de seis velocidades e o piloto automático.

A LTZ parte de R$ 50.990 e acrescenta de série ao pacote LT o MP3 player com Bluetooth e entrada auxiliar, rodas de liga leve, bagageiro de teto, computador de bordo, faróis e lanternas de neblina, retrovisores elétricos, sensor de estacionamento traseiro, volante de couro com comandos do rádio, banco de tecido e detalhes em couro, terceira fileira de bancos integrada e faróis escurecidos com regulagem de altura. Por R$ 54.690, a novidade agrega câmbio e o piloto automáticos. Assim como no Cobalt, não há bancos em couro. A expectativa da marca é vender até 3.000 unidades por mês.

Ao volante

Logo que se entra no carro, os tons claros saltam aos olhos, passando a ideia de requinte. Porém, ao tocar os materiais percebe-se que são de plástico duro. Exceção às superfícies cobertas com ,tecidos da LTZ. O volante tem ótima empunhadura e possui comandos multifuncionais. Os mostradores do painel, em iluminação “ice blue”, são de fácil leitura. Há espaço para três passageiros, sendo que apenas os dos assentos laterais vão confortavelmente acomodados, sem aperto para pernas e cabeça. Já a quinta pessoa no banco do meio fica espremida, e não há para ela apoio de cabeça nem cinto de três pontos. Já a terceira fileira de bancos tem fácil acesso devido à “dobrabilidade” dos assentos intermediários, mas só há lugar para duas crianças ou adultos com baixa estatura.

Aceleramos apenas a versão LT manual. O que nos chamou a atenção, além do baixo ruído no interior da cabine, mesmo a 120 km/h, foi a resposta satisfatória do propulsor de 108 cavalos parecia pouco para um carro dessa envergadura. O torque máximo de 17,1 kgfm já a 3.200 rpm facilita as retomadas rápidas de velocidade. Também contribui o câmbio mecânico emprestado do Cobalt, que oferece trocas macias e com encaixes perfeitos. O centro de gravidade elevado deixa a Spin um pouco oscilante nas curvas, mas nada que comprometa a condução. O consumo médio verificado foi de 7,2 km/l na cidade e 9,3 no trecho rodoviário, abastecido com etanol.

* O jornalista viajou a convite da GM.

Divulgação/GM
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