Chega ao território brasileiro o novo Jac J5

Um ano após chegar ao Brasil, a chinesa JAC coloca no mercado o seu quarto modelo, depois do J3, J3 Turin e J6. É o sedã médio J5 que chega para competir num segmento liderado pelo Toyota Corolla. A estratégia para conquistar o consumidor continua a mesma: carro completo com preço acessível. O J5 custa R$ 53.800 e o comprador tem seis anos de garantia.

Importado da China, a novidade é equipada com motor 1.5 litro de 125 cavalos de potência a 6.000 rpm e 15,5 kgfm de torque máximo a 4.000 rpm. Segundo a montadora, o sedã acelera de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos e atinge velocidade máxima de 188 km/h. “Poderíamos ter trazido o carro com motor 2.0, mas preferimos este 1.5 pela economia que proporciona”, explica o presidente da JAC Motors do Brasil, Sérgio Habib.

O J5 só oferece transmissão manual de cinco marchas e a falta de opção de um câmbio automático é um ponto negativo na hora de enfrentar a concorrência no segmento de sedãs médios. “Estamos desenvolvendo um câmbio automático CVT”, garante Habib. A opção, porém, não vem este ano.

De série

O presidente da JAC no Brasil diz que a expectativa é vender de 700 a 1.000 unidades do novo modelo por mês. Os itens de série incluem ar-condicionado automático, banco do motorista e volante com ajuste de altura, rádio toca-CDs/MP3 com entrada auxiliar, sensor de estacionamento, duplo airbag e freios a disco nas quatro rodas com ABS fornecido pela Bosch. Também traz vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, faróis de neblina e faróis com regulagem elétrica de altura.

Apenas bancos revestidos em couro (R$ 1.600), rodas de liga leve aro 17’’ (R$ 1.390) e pintura metálica (R$ 1.290) são opcionais.

O J5 mede 4,59 metros e tem 1,77 metro de altura. Seu bom espaço interno é resultado da distância entre-eixos de 2,71 metros, maior que a média dos sedãs concorrentes. O porta-malas é de 460 litros e supera os do Honda Civic e do Chevrolet Cruze, por exemplo.

Na apresentação do J5, Sérgio Habib reforçou a “nacionalização” do modelo da JAC. Segundo ele, foram feitas mais de 160 modificações para que ficasse de acordo com o gosto do consumidor local. “A direção, por exemplo, teve sua assistência reduzida. Os brasileiros gostam da direção mais dura que os chineses”, completa. Também foi dada atenção especial à redução do barulho intern

Fábrica no Brasil fará 4 modelos

O presidente da JAC Motors do Brasil, Sérgio Habib, confirma os planos de investimento para o país e a abertura da fábrica que está sendo construída em Camaçari (BA). Ele também anunciou pelo menos quatro modelos a serem produzidos no Brasil, a partir de 2014, além de apontar a chegada do compacto J2, que desembarca até novembro nas 65 lojas da marca no país. Tudo isso mostra que não foram tão expressivos os efeitos da decisão do governo federal de aumentar em 30 pontos porcentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Apesar de ainda ser um importador, Habib afirma que o Brasil está fechado para os veículos de fora. Segundo ele, o novo cenário automotivo nacional com sobretaxa para quem traz seus carros de fora do Mercosul e cotas para os automóveis fabricados no México somente “permitirá a sobrevivência (econômica) de quem fabricar, de verdade, seus carros dentro do país”. Isso quer dizer que quem planejou instalar unidades de montagem (seja no regime parcial, SKD, ou total, CKD) corre o risco de perder dinheiro, por conta da nova tributação, na opinião do empresário.

Embora tenha sido afetada pela mudança nas regras do IPI, a JAC confia nos benefícios que pode receber por ter iniciado o projeto de implantação de uma fábrica em território nacional. Com plano de inves,timento de R$ 900 milhões, a unidade da JAC na Bahia deve entregar cerca de 120 mil carros ao ano em 2014. Para Habib, a empresa é forte candidata a ter o imposto de importação reduzido ainda no primeiro semestre, em escala gradual, com a divulgação pelo governo das novas regras para o setor, o que deve ocorrer até o mês de abril.

Divulgação/JAC Motors
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