Apaixonados por corrida tinham que improvisar

Na época em que não existia um autódromo disponível na cidade, numa situação idêntica àquela de tantas outras capitais brasileiras, os curitibanos apaixonados por corridas de carros tratavam de conseguir um local improvisado onde pudessem acelerar seus motores. Assim surgiram os circuitos de rua, tais com o do asilo Nossa Senhora da Luz, na Rua Mal. Floriano Peixoto; o do Passeio Público/Centro Cívico, na Avenida Cândido de Abreu; o do Tarumã, na avenida Victor do Amaral; entre outros menos usados. Na verdade, o município de Curitiba mesmo ainda não possui autódromo. O mais próximo provido de pavimentação asfáltica está localizado no município de Pinhais, região metropolitana, graças à iniciativa do saudoso empresário curitibano Flávio das Chagas Lima que, curiosamente, nunca teve nem pilotou um carro de corrida.

Mas existia ainda o circuito do Capão da Imbuia, no bairro do mesmo nome, onde a turma “metia o pé na tábua” e o público delirava com as disputas. Apresentamos hoje flagrantes (acervo de Moacir Quege) de uma corrida realizada no início da década de 1960, aparecendo levantando poeira e pedras numa das principais curvas deste circuito dois carros importados – Ford 1948 motor 8BA V8 e Chevrolet 1952 motor 6 cilindros em linha – e dois carros já fabricados no Brasil – DKW Vemaguete motor 3 cilindros de 2 tempos e Volkswagen motor 4 cilindros refrigerado a ar. Enfim, era uma miscelânea de carros de todos os tipos!

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