Até o fim do ano, Incra deve assentar mais 1.500 famílias no Amazonas

Boca do Acre (AM) ? A superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Amazonas foi uma das quatro ? junto com as superintendências do Maranhão, do Amapá e do Acre ? que já cumpriram a meta de famílias a serem assentadas neste ano.

O Amazonas deveria assentar três mil famílias e, no final de setembro, já tinha assentado 3.130 famílias, segundo o superintendente regional do Incra, João Pedro Gonçalves. Agora, porém, o estado ganhou um novo desafio: assentar mais 1.500 famílias até 31 de dezembro.

"A gente estava se concentrando na regularização fundiária, na entrega de títulos definitivos. Mas na semana passada, o ministro Miguel Rosseto nos disse em Brasília, em uma reunião com todos os superintendentes, que a prioridade é cumprir a meta nacional de 115 mil famílias assentadas", contou João Pedro Gonçalves.

Segundo ele, a direção nacional do Incra está ciente de que, com a nova meta de famílias assentadas, o planejamento da regularização fundiária não será cumprido. Na programação do Incra, o Amazonas deveria distribuir em 2005 seis mil títulos de domínio de terra (documento que garante a propriedade do lote a quem mora e trabalha nele).

"Até então, a gente só distribuiu cerca de 200 títulos. Em outubro, nós nos concentramos neste trabalho e devemos conseguir distribuir outros 800 títulos até o fim do ano. Mas como reprogramaremos nossas ações, os seis mil títulos não serão atingidos", argumentou.

Em 2002, o Amazonas tinha a meta de assentar 600 famílias e conseguiu chegar a 620; em 2003, a meta continuou sendo 600 famílias, mas o resultado pulou para 1.554 famílias assentadas; em 2004, a meta saltou para 3.050 famílias e o número de famílias assentadas ficou em 3.172.

"Esse aumento só foi possível porque passamos a trabalhar com as terras públicas em outras modalidades. No lugar de criarmos projetos convencionais ? aquele em que você abria uma estrada e colocava cada família em um lote ? nós passamos a trabalhar com as unidades de conservação, com a terra de uso coletivo", explicou Gonçalves.

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