Assalto na Mariano Torres

Por volta das 18h50 de quarta-feira, transitava com meu veículo pela pista esquerda da Rua Mariano Torres no techo entre a Avenida Sete de Setembro e a Visconde de Guarapuava. Horário de rush, trânsito movimentado e lento.

Alcançava o meio da quadra, quando, de repente, vindo da calçada e fora de meu campo de visão, um rapaz, alto, aproximadamente 1,78m, moreno-claro, bateu com força no vidro do meu carro, lugar do motorista. Produziu-me um barulho assustador. De pronto, percebi que o choque fora ocasionado por um revólver, aparentemente calibre 38.

Naturalmente me atemorizei, abri a janela do carro rapidamente, quando então a arma foi posicionada perto do meu pescoço. Pedia o assaltante meu relógio. Naquele contexto, não conseguia destravar o relógio (Watch, fundo azul, valor aproximado de R$ 250,00), quando então o rapaz ficou irritado, ameaçando disparar-me o revólver. Destravei o relógio, tirei-o de meu pulso, entregando-lho. Ele foi embora, ao olhar de todos os motoristas que parados estavam com seus veículos atrás do meu, pois, enquanto era assaltado, o trânsito movimentou-se lentamente, após a abertura do sinal da esquina da Av. Visconde de Guarapuava e Mariano Torres.

Uma solícita moça, que ao meu lado dirigia seu veículo, cuja marca não pude assimilar, após acionar a buzina, perguntou-me se eu estava bem, oferecendo-me o celular. Disse-lhe que possuía celular e que telefonaria para o 190.

E assim fiz. Liguei para o 190. Fui bem atendido. Mas nenhum resultado foi obtido, embora acredite que possa ter havido empenho policial.

Soube que, naquele trecho, naquela região, e nas mesmas circunstâncias, vêm ocorrendo diversos assaltos. Convém que a população seja informada disso, principalmente os motoristas.

É preciso, sim, que a área de segurança pública seja priorizada pelas autoridades competentes. Vidas são diariamente colocadas em risco em Curitiba. Mas nenhum policiamento preventivo e eficaz é percebido pelo povo. Moro em Curitiba desde 1965, e nunca vi e vivi momentos de tanta insegurança.

Espero que não tenha sido multado quando falava com a polícia pelo meu celular!

Obs.: No dia 28 de maio de 2003, em companhia de minha mãe (74 anos) e de meu filho (10 anos), fui assaltado por dois rapazes, um deles armado com um 38, dentro do Cemitério Municipal, a aproximadamente vinte metros do portão lateral (Praça Sotto Maior, da Sorveteria Gaúcho).

José Maurício Pinto de Almeida é juiz do Tribunal de Alçada do Paraná.

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