APPA acusa prefeito de limitar geração de empregos em Paranaguá

O processo judicial iniciado pela prefeitura de Paranaguá, impedindo a compra da área de 294 mil m² pertencente à Rede Ferroviária Federal (RFFSA) pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está causando um atraso na geração de empregos na cidade.

A afirmação é do superintendente da Appa, Eduardo Requião que lembrou nesta sexta-feira do início dos planos de comprar a área para expandir a logística portuária e beneficiar a cidade, gerando mais de mil colocações diretas de trabalho.

A intenção, entretanto, de acordo Eduardo Requião, esbarrou em interesses de privatistas. ?As negociações feitas entre o Porto e os liqüidantes da Rede Ferroviária tiveram o objetivo de criar um espaço de logística diferenciado, com novos silos e melhorando o estacionamento de caminhões com cargas não vinculadas ao Silo Vertical de grãos?, disse o superintendente.

Segundo ele, depois das eleições, o novo prefeito de Paranaguá fez uma série de solicitações e ponderações em relação ao que a Appa pretendia fazer.

?Em princípio, considerávamos as questões levantadas pelo prefeito como salutares, mas depois descobrimos que o prefeito ? para defender os interesses da empresa Rodosafra, sua principal financiadora de campanha ? tentou, perversamente, solicitar com urgência ao IAP a legalização de um imóvel dessa empresa, que estava sendo construído em cima de um terreno público?, destacou.

Sabendo dessa situação, a Appa solicitou à prefeitura que impedisse a tramitação. Sem atender ao porto, o prefeito permitiu que as obras do armazém continuassem. ?Assim como também continuou nosso interesse em adquirir este terreno, uma das últimas áreas nobres para o desenvolvimento da logística portuária?, completou Eduardo Requião.

Há duas semanas, o processo de compra passou por uma nova fase. A Justiça federal deferiu pedido de entrada provisória na posse do terreno pela Appa, depois que fosse comprovado o depósito feito pela autarquia de R$ 7 milhões. O valor foi proposto pelo Porto depois de avaliação feita pelo Departamento de Engenharia da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

A situação foi modificada na semana seguinte, quando a prefeitura de Paranaguá entrou com uma liminar exigindo a paralisação da compra. ?Para defender novamente a Rodosafra, a prefeitura retira empregos de Paranaguá, dificulta o crescimento do Porto e a ampliação dos Operadores Portuários, numa atitude que jamais poderia ser pensada por um prefeito, que coloca os empregos num plano secundário para alimentar sonhos perversos daqueles que financiam as campanhas eleitorais?, concluiu Requião.

O terreno de interesse da Appa está situado no chamado Km-5 da ferrovia e será usado preliminarmente como um estacionamento para caminhões, auxiliar ao Pátio de Triagem já existente. Segundo Eduardo Requião, o propósito fim é armazenagem e a montagem de estruturas que atendam aos interesses da operação portuária.

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