Após confusão antes do jogo, Vasco e Fluminense ficam no empate

Num jogo marcado por muita confusão antes de a bola rolar, Fluminense e Vasco não passaram de empate por 1 a 1, neste domingo, no Maracanã. A realização da partida esteve ameaçada durante boa parte do domingo. O presidente do Vasco, Eurico Miranda, queria cassar liminar que mudou o local do clássico de São Januário para o Maracanã. Como fracassou, tomou uma decisão que julgou ser favorável a seu clube: ordenou ao técnico Renato Gaúcho a escalação de um time misto.

Com equipe desentrosada, o Vasco por pouco não amargou o que seria a sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro. O Flu mandou três bolas na trave e teve atuação bem superior. O clima de desarmonia em torno do jogo também contou com a participação do árbitro Wilson de Souza Mendonça.

O juiz provocou grande confusão ao impedir que o meia Romeu, do Fluminense, atuasse com uma máscara no rosto. O atleta fraturou o nariz recentemente. Antes do intervalo, o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Edson Rezende de Oliveira, pediu por telefone que o delegado do jogo, Jorge Rabelo, mandasse um recado a Mendonça: que reconsiderasse a decisão. "Não vou seguir a orientação (de Edson). A máscara não tem nenhuma proteção e pode causar lesão em choques com adversários"

Sem a máscara, Romeu viu Abedi aproveitar passe de Ramon e chutar com categoria para abrir o placar a favor do Vasco. Com Lenny muito bem marcado, o Fluminense passou a depender de Petkovic. Ele deu muito trabalho à zaga do time rival, mas não participou do gol de empate do Fluminense. Depois de um cruzamento de Arouca, Tuta deslocou o goleiro Cássio com um toque preciso.

No final, o Vasco recuou e buscou os contra-ataques. O Fluminense ainda desperdiçou duas oportunidades, aos 45 e aos 46 minutos do segundo tempo. Na primeira delas, valeu o esforço de Lenny. Ele recuperou uma bola praticamente perdida, deixou um zagueiro para trás com um corte seco e, sem ângulo, tentou sem sucesso encobrir Cássio.

A torcida do Fluminense saiu em defesa de seu novo ídolo, que conheceu o outro lado da fama – depois de uma semana muito badalada, por causa de dois belos gols no jogo com o Cruzeiro, Lenny passou a ser visto como craque e, portanto, como uma ameaça aos adversários: por isso, foi hostilizado o tempo todo pelos vascaínos e marcado com força.

Para compensar, os tricolores já tinham na ponta da língua um nome contra quem deveriam protestar: Eurico Miranda. E as ?músicas? eram bem hostis ao cartola.

Voltar ao topo