Apoio de ministros não torna disputa desigual, diz Genro

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, rebateu nesta quarta-feira (4) críticas de que a participação de ministros na campanha pela reeleição do presidente Lula seja uma disputa desigual com o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin. "Não há nenhuma desigualdade. O (Geraldo) Alckmin, por exemplo, vai ter o apoio dos secretários de José Serra. Isso é normal numa democracia", afirmou Genro, ao deixar o almoço com outros ministros na casa de Hélio Costa (Comunicações). Questionado se não era diferente o peso de um ministro para um secretário municipal, respondeu: "Os dois candidatos têm força política na sociedade". Segundo Genro, no caso de Lula essa força é mais das classes "de baixo".

O ministro disse que o governo Lula foi bombardeado por uma "oposição quase massiva da grande imprensa e mesmo assim conseguiu quase 50% dos votos". Ele afirmou, porém, que não se queixa dessa oposição, pois a posição de editores, jornalistas e empresas de comunicação é legítima no processo democrático. "Mas o incrível é que o presidente quase ganha a eleição no primeiro turno", ressaltou.

Questionado se para Lula vale tudo pela reeleição – incluindo a participação de ministros e do governo na campanha – Genro disse que não, porque, segundo ele, cada vez mais é preciso respeitar as regras. Genro disse que Lula não vai mudar de comportamento no segundo turno e ser mais agressivo. Segundo o ministro, o presidente quer apenas mostrar as diferenças em relação ao projeto de Alckmin e aceitar a discussão proposta pelos adversários sobre ética.

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