América Latina precisa explorar melhor o mercado asiático, diz Cepal

A América Latina e o Caribe têm explorado pouco o mercado asiático para seus produtos de exportação, tanto de bens como de serviços, segundo avaliação da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal). Com suas altas taxas de crescimento, China e Índia "mantêm uma demanda volumosa e crescente dos produtos básicos", a qual "oferece aos países da América Latina e Caribe um mercado de grande potencial, o que tem sido pouco explorado até agora pela região", afirma o relatório Panorama da inserção internacional da América Latina e Caribe, 2005-2006, publicado na página web do organismo.

"China e Índia têm entrado rapidamente no grupo das maiores economias do mundo. Somados, os dois países contribuem anualmente, desde 2001, com mais de 30% do crescimento do produto mundial", marca a Cepal. A economia chinesa passou a ocupar em 2005 o quarto lugar de importância no mundo, depois dos Estados Unidos, Japão e Alemanha. A Índia está no oitavo lugar e é o segundo país mais povoado do globo.

De acordo com o levantamento, "é imprescindível que os países da região aproveitem a crescente importância da Ásia, e da China e Índia em particular. Até o momento, para ambos os países a América Latina é ainda um sócio comercial pouco explorado". A economia chinesa cresceu quase 10% em 2005, taxa que aumentou para 10,9% no primeiro semestre de 2006, "graças ao dinamismo do investimento interno e às exportações", destaca. Já a Índia exibiu um crescimento de 8,4% entre março de 2005 a igual mês do mesmo ano.

Para a Cepal, a América Latina "deveria aproveitar as oportunidades que oferecem "ambos os países para incorporar-se às cadeias de produção e distribuição. "Uma forma de conseguir isso é a busca de acordos comerciais com os dois países asiáticos", sugere a Cepal, chamando a atenção para o acordo assinado entre Chile e China e o negociado entre Índia e Mercosul. "São promissórios, mas requerem um maior aprofundamento e alcance", observa.

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