América Latina mantém ritmo de crescimento, assegura FMI

O diretor do Departamento para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anoop Singh, afirmou hoje (3) que há razões para otimismo com a sustentabilidade do atual ciclo de crescimento econômico na América Latina. Num artigo publicado no boletim Emerging Markets Newspaper, ele prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da região deverá novamente se expandir mais do que 4% neste ano.

Segundo Singh, a estabilidade macroeconômica na região tem sido no geral bem mantida e os indicadores de pobreza têm declinado acentuadamente em alguns países. "As melhoras paralelas nas exportações, nas contas correntes e nas reservas reduziram muito a necessidade pela assistência financeira do FMI", disse Singh. "Principalmente no caso da Argentina e do Brasil, que foram capazes de pagar antecipadamente suas dívidas com o Fundo." Ele observou que os compromissos financeiros dos países latino-americanos, que somavam US$ 60 bilhões em 2003, declinaram para apenas US$ 3 bilhões neste ano.

Para o diretor do Fundo, muitos aspectos importantes do atual ciclo de expansão na América Latina diferem dos vividos pela região no passado "e dão esperança de maior sustentabilidade". Um desses fatores tem sido o cenário externo benigno especialmente favorável para países produtores de commodities. "Mas também há a melhora no ambiente de política econômica em vários países."

Singh afirmou que o compromisso da região com a estabilidade macroeconômica não é mais um bandeira de um partido político ou uma imposição da comunidade financeira internacional "Trata-se fundamentalmente de uma meta política enraizada num cada vez mais profundo consenso doméstico."

Segundo ele, se esse compromisso com a inflação baixa e o rigor fiscal for confirmado nos próximos anos, "será um fenômeno de imenso significado histórico" para a América Latina. "Isso significa que a mensagem sobre a importância de manter a estabilidade macroeconômica – tanto por causa de seus efeitos no crescimento como na redução da pobreza – foi assimilada na região.

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