Alunos participantes do Festival de Arte da Rede Paranaense (Fera) recebem todas as formas de estímulos artísticos durante o evento. Além de participarem das oficinas voltadas às diferentes manifestações da arte, estão, sobretudo assistindo apresentações de dança, teatro e música realizadas por grupos de artistas profissionais e, inclusive, dos próprios estudantes.
Na dança serão 60 grupos de alunos que se apresentarão nos palcos do festival, como a japonesa (Matsuri Dance e Bom Odori), nordestina, indígena e ainda samba, axé, hip-hop, forro e balé. A coordenadora do palco de dança, Dilza da Silva Almeida, explica que antes das apresentações foram realizadas seleções para definir quais grupos se apresentariam devido a grande procura. ?Pedimos aos diretores que mandassem fitas de vídeo para que pudéssemos realizar a seleção?, conta.
Atrações
Um número que se destacou foi a dança cigana apresentada por Cláudia Arruda Moreira e Wilson Ivane Século, ambos da Escola Especial São Francisco de Assis, de Uraí. A professora de Educação Física da Escola, que acompanha os alunos, Valdirene Maria dos Santos, revela que a dupla já conquistou títulos. ?De vez em quando eles se apresentam e há algum tempo atrás eles ganharam o primeiro lugar no Festival Regional de Artes das Apaes, em Cornélio Procópio?, conta.
Outra apresentação que se destacou foi a de Catira – espécie de sapateado – realizada por um grupo formado por 16 alunos da Escola Estadual Dona Macária, de Conselheiro Mairinck. As coordenadoras do grupo e professoras dos alunos, Dauri Donizete Bronze e Andresa Cristina Mendel, contam que foram dois meses de ensaio para a apresentação. ?Esta é a primeira apresentação deles. Criamos o grupo especialmente para participar do Fera?, conta Andresa.
Natasha Ferreira Rocha (12) e Caíque Luiz de Mello (12), integrantes do grupo, se mostraram contentes e apreensivos. ?Esta é uma chance que nos estão dando, mas estou um pouco nervosa por ser a primeira vez que subo em um palco?, conta Natasha.
Dança autêntica
De acordo com Andresa Cristina Mendel, a Catira ou Cateretê é considerada uma dança autêntica brasileira. ?É uma espécie de sapateado brasileiro executado com o ?bate pé?, palmas e viola. Sua música trata de questões do dia-a-dia como o trabalho e o amor?, disse.
Segundo Andresa, antigamente a catira era uma dança restrita aos homens, mas atualmente tem sido praticada por mulheres também. ?A catira é mais conhecida e praticada nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás?.