Alta das commodities pressionou IGP-M, aponta FGV

A elevação nos preços das commodities no atacado, principalmente soja (7,08%), impulsionou a aceleração da primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que subiu 0,71% em novembro, ante aumento de 0,19% em igual prévia em outubro. A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Isso fez com que o atacado, cujo indicador, IPA, teve alta de 1,02% na primeira prévia anunciada hoje, registrasse a elevação mais intensa desde janeiro de 2003.

O economista considerou que o cenário da inflação no atacado, na primeira prévia do IGP-M de novembro, é bem similar ao apurado pelo.

Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de outubro. "Na época da divulgação do IGP-DI do mês passado, cinco commodities pressionavam a alta de preços no atacado", lembrou.

Além da soja, as altas de preços que agora puxam para cima a taxa da primeira prévia do IGP-M desse mês foram milho em grão (10,80%); arroz (12,81%); trigo (6,35%) e bovinos (0,84%). Esses foram os mesmos produtos que ajudaram a acelerar a taxa do IGP-DI, de outubro para novembro (de 0,24% para 0,81%). "O único fator novo nesse cenário, creio que seja o menor ritmo na elevação de preços dos bovinos", acrescentou.

Quadros explicou que, enquanto as outras quatro commodities registraram aumento de preços, a carne bovina foi o único produto a registrar patamar de elevação inferior ao apurado em igual prévia do IGP-M no mês passado – quando os preços dos bovinos subiam 2,71%. Entretanto, mesmo com a desaceleração de preços, o peso do produto é tão importante no atacado que a elevação, registrada na primeira prévia de novembro, teve impacto expressivo na formação da inflação no atacado.

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