Alimentos ficam mais baratos e IPC-S cai para 0,61%

Rio – Preços mais baixos no setor de alimentos levaram à redução na taxa do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que subiu 0,61% no período encerrado em 15 de dezembro, ante 0,66% na semana anterior. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou hoje (16) que a desaceleração nas variações de preços de tomate (de 43,94% para 33,74%) e batata (de 36,20% para 28,72%) foram determinantes para o recuo da inflação no varejo.

Para o economista da FGV, André Braz, há uma boa perspectiva de o IPC-S continuar a cair nas próximas semanas. Braz observou que a aceleração dos alimentos in natura nas últimas semanas, principalmente tomate e batata, deu mostras de perda de fôlego no IPC-S anunciado hoje. Esse comportamento deve continuar nas próximas apurações do indicador, na avaliação do economista. "Os preços não podiam continuar subindo para sempre" resumiu. Como esse tipo de produto tem bastante peso na formação da inflação do varejo, Braz considera que esse fator será suficiente para reduzir a taxa do IPC-S na próxima semana.

O economista informou que o desempenho de alimentos in natura levou ao recuo da inflação no setor de alimentos de 1,65% para 1,37% na passagem do IPC-S de até 7 de dezembro para o indicador de até 15 de dezembro. "O grupo alimentação foi o que mais contribuiu para a taxa menor do IPC-S", disse.

Natal 

A FGV informou que os produtos voltados para a ceia da Natal estão mais baratos. Levantamento especial da fundação mostrou que, se o IPC-S de até 15 de dezembro fosse formado apenas por 11 produtos usados na ceia de Natal, o indicador teria subido 3,49%, inferior ao aumento de 3,78% registrado nesses mesmos produtos há 30 dias, no IPC-S de até 15 de novembro.

Para Braz, a valorização do real ante o dólar – que puxou para baixo os preços de vários itens relacionados à moeda norte-americana – está contribuindo para a redução dos preços da cesta de consumo para o Natal. Entre os destaques de quedas de preço estão as deflações em bacalhau (-7,62%), vinho (-1,34%) e pernil (-0,54%).

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