Alencar afirma que CMN precisa ser ampliado

O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, disse há pouco, ao chegar
ao Senado, que o Conselho Monetário Nacional (CMN) precisa ser ampliado, tendo
representação setorial e regional. Segundo Alencar, o CMN precisa refletir "a
economia real do País". Ao contrário do que disse ontem(27), quando defendeu a
idéia de que outros setores deveriam ser ouvidos para definir a taxa Selic, ele
afirmou hoje que não defende nenhuma alteração no Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central (BC), como quer o presidente da Câmara, Severino
Cavalcanti (PP-PE). Segundo Alencar, o Copom é um órgão técnico e, como tal,
deve ser tratado. O CMN é o órgão responsável pela definição da meta de inflação
e o Copom, ao definir a taxa de juros, tenta cumprir a meta estabelecida pelo
CMN. O vice-presidente e ministro da Defesa, ao defender a ampliação do CMN,
repete o que foi defendido na audiência pública sobre a autonomia do BC, na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na semana passada. Na ocasião, tanto o
economista Paulo Nogueira Batista Júnior, quanto o ex-presidente do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico E Social (BNDES) Edmar Bacha defenderam a
ampliação do CMN, com a participação do setor produtivo. O conselho, atualmente,
é integrado apenas pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e
Gestão e pelo presidente do BC.

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