Alemanha, EUA e Israel divergem sobre acordo palestino

A Alemanha manifestou-se hoje satisfeita com o acordo de partilha de poder fechado ontem pelas principais facções rivais palestinas em Meca, na Arábia Saudita, e qualificou o pacto como "um passo na direção certa". Ao mesmo tempo, os governos dos Estados Unidos e de Israel exigiram que o novo governo palestino renuncie explicitamente à violência, reconheça Israel e aceite os acordos de paz assinados por líderes israelenses e palestinos no passado.

O governo alemão, principal aliado de Israel na Europa, elogiou o rei saudita por seus esforços para selar um acordo entre o islâmico Hamas e o laico Fatah em um momento no qual a violência interna nos territórios palestinos parecia caminhar na direção de uma guerra civil.

"Vemos esse acordo como um primeiro passado na direção correta", declarou Ulrich Wilheim, porta-voz do governo alemão, em entrevista coletiva em Berlim. Pelo acordo, os dois principais grupos palestinos comprometem-se a "respeitar" os acordos passados. Mas o termo parece não ter agradado aos EUA e a Israel que exigem uma moderação mais explícita por parte do novo governo de unidade nacional. A aceitação do acordo por Washington e Tel-Aviv é crucial para seu sucesso.

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