Álcool acelera alta de 1,02% para 3,14%, apura FGV

O preço do álcool combustível no varejo acelerou, no âmbito do ndice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S). De acordo com o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, o preço do produto subiu 3,14% no indicador de até 15 deste mês, ante aumento de 1,02% no IPC-S de até 7 de janeiro. Ele considerou que essa movimentação no preço do combustível está diretamente relacionada ao início da entressafra da cana-de-açúcar, que diminui a oferta dos derivados da cana no mercado interno.

O comportamento do preço do produto já começa a afetar a gasolina no varejo – que contém 23% de álcool em sua formação. Na passagem do IPC-S de até 7 de janeiro para o índice de até o último dia 15 a deflação no preço da gasolina perdeu força (de -0,13% para -0,02%). Braz comentou que o preço do produto vem registrando taxas negativas desde setembro do ano passado.

Na avaliação de Braz, como a taxa de queda verificada pela gasolina no varejo atualmente está muito próxima de zero, não é impossível que o preço do item possa voltar a registrar aumento na próxima apuração do IPC-S, que será referente à quadrissemana de até 22 de janeiro.

Transportes

O impacto menor na inflação do varejo dos aumentos de preços em transporte urbano levou à elevação menos intensa na taxa do IPC-S de até 15 de janeiro, que subiu 0,83%, ante alta de 0,86% no indicador anterior, avaliou Braz.

Ele considerou que já passou o auge da influência, na inflação, dos reajustes nos preços de transporte urbano realizados em dezembro. De acordo com Braz, esse cenário levou à desaceleração nos preços do grupo Transportes (de 2,93% para 1,98%), e também conteve o impacto, na inflação ao consumidor, da forte elevação de preços em Alimentação (de 0,78% para 1,23%).

O economista considerou que, atualmente, o setor de Alimentação está sendo fortemente pressionado pela alta nos preços de alimentos in natura, cuja taxa de elevação mais que dobrou (de 2 06% para 4,21%). "Se fossem excluídos os alimentos in natura do cálculo do índice, o IPC-S teria subido 0,77%", afirmou.

De acordo com o economista, a movimentação nos preços dos in natura também influenciou a alta de preços em alimentos processados – que passou de 0,35% para 0,46%, na passagem do IPC-S de até 7 de janeiro para o índice de até o último dia 15.

Voltar ao topo