Alckmin nega existência de projeto de privatização

O candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, procurou nesta quinta-feira (5) desmentir informações atribuídas a adversários de que se eleito iria privatizar empresas estatais como Banco do Brasil e Caixa Econômica, e acabar com o Bolsa-Família. "Meus adversários andam espalhando por aí algumas mentiras. Vamos reestatizar o que o PT privatizou para o PT. Não há nenhum projeto de privatização. Pelo contrário. Vamos investir em empresas públicas, como Banco do Brasil, Correios, Caixa Econômica Federal e Petrobrás", disse ele ao se referir à partidarização de algumas instituições, que teriam sido instrumentalizadas pelo PT.

"O que fez o PT? Tomou conta das estatais. Mas essas empresas não são do PT, mas do povo, da sociedade. Temos que respeitar seus funcionários suas carreiras e fazer concurso público", destacou. Segundo Alckmin, esse tipo de especulação visa tirar votos e também criar um clima negativo nos funcionários destas instituições.

Outro boato, segundo ele, é o de que pretende acabar com o Bolsa-Família. "Mas vamos fortalecer o bolsa-família, que nasceu no governo Fernando Henrique Cardoso. Vamos mantê-lo, ampliá-lo e ajudar as famílias que precisam." O candidato tucano fez estas declarações perante uma platéia de pefelistas, capitaneados pelo senador Antonio Carlos Magalhães, cujo grupo político na Bahia foi derrotado pelo PT. O senador não conseguiu reeleger o governador Paulo Souto, presente na reunião com Alckmin e o PFL – e nem o senador Rodolpho Tourinho o para o Senado. No encontro Alckmin repetiu o discurso feito horas antes no PSDB baiano quando declarou que pretende fazer parceria com o governo estadual, independentemente de o eleito ter Dido o petista Jacques Wagner.

Geraldo Alckmin destacou que pretende fazer uma diferença com seu adversário, afirmando que, se eleito, não repetirá o comportamento de Lula. De acordo com Alckmin, Lula perseguiu o governador Paulo Souto. "A nossa palavra é esperança e confiança no futuro", disse.

Apesar de ter recebido 26% dos votos na Bahia, contra 66% de Lula, o candidato afirmou que acredita que crescerá. Ele ressaltou que sua rejeição é menor que a de seu adversário. Procurou ainda minimizar as divergências históricas entre o PSDB e PFL na Bahia. "O PSDB e PFL são partidos diferentes. Cada estado tem a sua singularidade. Temos que respeitar os partidos políticos e somar esforços, mas o eleitor é livre".

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