Na primeira visita de campanha ao Rio no segundo turno, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), ignorou nesta terça-feira (17) o apoio do ex-governador Anthony Garotinho (PMDB) e fez uma caminhada de uma hora ao lado do prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL). Maia classificara de "beijo da morte" a aliança com o peemedebista. Na ocasião, Maia disse que Alckmin perdia o discurso da ética com o apoio de Garotinho e da mulher dele, a governadora Rosinha Garotinho (PMDB), e anunciou que abandonaria a campanha tucana no Estado.
Mais assediado que Alckmin no calçadão de Bangu, na zona oeste, o prefeito disse que Garotinho é "assunto do PSDB nacional, que está superado". No entanto, a caminhada não teve a participação da candidata apoiada pelo tucano ao governo do Estado, a juíza aposentada Denise Frossard (PPS), que também reagiu duramente ao apoio do casal Garotinho. Ao comentar a inauguração de comitês a favor de sua candidatura pelo ex-governador na Baixada Fluminense, Alckmin repetiu que "todo o apoio é bem vindo" e disse ficar "grato com a confiança".
O ex-governador Garotinho alegou, por meio de assessores, que desmarcou a agenda de inaugurações de comitês pró-Alckmin na Baixada Fluminense por causa de uma "indisposição" que teve pela manhã. Apesar de Cabral apoiar o presidente Lula, Garotinho vai abrir comitês do candidato do PMDB ao governo estadual com material de campanha do tucano em pelo menos nove cidades da região metropolitana do Rio.
Segundo sua assessoria, o ex-governador já sabia que Alckmin só teria tempo para o compromisso com Maia e compreende que o candidato precisa ter agendas separadas para se dividir entre os aliados. O ex-governador tenta um espaço na agenda de Alckmin para levá-lo à Baixada na sexta-feira ou no sábado, mas ainda não teve resposta.