Alckmin diz que representa uma nova política

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse hoje não ver razão para haver um segundo mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado pela colunista de O Estado de S. Paulo Dora Kramer, durante sabatina no auditório do jornal, em São Paulo, sobre qual será o mote que usará para receber o voto dos eleitores e ir para o segundo turno, Alckmin respondeu que representa uma nova política, em que há "menos discurso e mais ação".

Segundo ele, um presidente só é reeleito quando fez um grande governo ou possui um grande sonho. "Este governo é um descalabro sob o ponto de vista ético. Nesta gestão, a corrupção se generalizou na máquina pública, contaminando os poderes. O Brasil regrediu", afirmou. "O sonho deste governo é manter-se no poder", completou.

Para Alckmin, o governo não funciona. Ele citou números para justificar sua opinião. "Temos 34 ministérios, a carga tributária representa 39% do PIB e investe 0,4%. Há mais de duas mil obras paradas atualmente no País", disse.

Alckmin questionou a força política do governo para emendar um segundo mandato. "Onde está a base de sustentação o governo?", questionou, citando especificamente o deputado Ney Suassuna (PMDB-PB), Jader Barbalho (ex-senador, PMDB-PA) e Newton Cardoso (candidato ao Senado por Minas pelo PMDB), envolvidos em denúncias de corrupção.

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