Ajuda dos aviões da FAB ameniza situação em Brasília

O cerco da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a maior companhia de aviação, a TAM, e o socorro de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) ajudaram a amenizar o caos que tomou conta do aeroporto de Brasília desde a madrugada da sexta-feira. Neste sábado (23) as filas ainda são longas, mas sem os tumultos do dia anterior, quando o esquema de segurança do aeroporto foi acionado três vezes para conter a ira de passageiros enfurecidos.

A normalidade, porém, não foi totalmente restabelecida e alguns passageiros ainda perambulavam sonolentos ou se acomodavam como podiam no aeroporto enquanto aguardavam uma solução. Mais uma vez, a maior parte dos problemas ficou por conta da TAM, que vendeu passagens acima de sua capacidade neste fim de ano e ainda foi surpreendida com a retirada de várias aeronaves para revisão não programada. Um grupo de passageiros chegou a iniciar um protesto no balcão da companhia.

O gerente-geral da TAM em Brasília, Dedino de Oliveira Filho, explicou que os problemas ocorridos resultam do efeito cascata da crise que começou na madrugada de sexta-feira, com o cancelamento de alguns vôos e a retirada de aeronaves para revisão não programada. "De fato, enfrentamos problemas operacionais, mas a direção da empresa está se empenhando para solucionar a crise o mais rápido possível", disse.

Os atrasos da sexta, conforme explicou, refletiram-se nos vôos seguintes e afetaram todo o funcionamento dos principais aeroportos do País. Esses fatores vieram se juntar ao movimento de fim de ano, num período de grave crise do setor de controle do tráfego aéreo. Desde quinta-feira passada, a previsão é de que 34 mil pessoas transitem no aeroporto de Brasília por conta do feriado de Natal, um número 12% superior ao movimento de 2005.

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