Aeroportos americanos sofrem com alerta anti-terror

O alerta anti-terror emitido nesta quarta-feira (10) por Washington, depois da descoberta e desarticulação de uma conspiração iminente para derrubar aviões em vôos entre a Inglaterra e os Estados Unidos com explosivos líquidos, causa transtornos em todos os grandes aeroportos americanos.

No final da manhã, passageiros acumulavam-se em filas tanto nos balcões das companhias aéreas como nos portões de acesso aos vôos, onde a Transportation Security Administration adotou novos procedimentos na revista de passageiros e de suas bagagens de mão.

As autoridades americanas não seguiram a decisão das inglesas, que proibiram os passageiros de levarem bagagem de mão em todos os vôos. Mas a TSA pediu que os viajantes deixem em casa quaisquer líquidos ou gelatinas e evitem ter consigo até mesmo garrafinhas com água. A possibilidade de terroristas passarem pela segurança e entrarem em aviões levando líquidos como acetona ou alvejantes de roupas e mistura-los durante o vôo, suscitada pela descoberta e desmonte do complô no aeroporto de Heathrow, em Londres, expôs uma importante vulnerabilidade do esquema de segurança da TSA e das demais agencias encarregadas de zelar pela seguranças do transporte aéreo de passageiros.

Politicamente, o episódio e uma faca de dois gumes para o governo Bush. Embora os americanos aplaudam a pronta reação do departamento de Segurança Interna, que elevou o alerta para vermelho – ou o máximo – nos vôos entre a Inglaterra e dos EUA, e para o laranja nos demais vôos, o episódio ilustra mais uma vez que, cinco anos depois dos ataques do 11 de setembro de 2001 a ameaça de novos atentados terroristas não diminuiu e pode transtornar a vida dos americanos mesmo num mês de férias como agosto.

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