Aécio pede serenidade de Lula para aceitar as críticas

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, precisa ter serenidade para aceitar as críticas da oposição durante a campanha. Ao comentar as declarações de Lula no final de semana, Aécio afirmou que o PT "tem se mostrado pior do que a média dos partidos brasileiros" do ponto de vista ético. Em viagem a Santa Catarina ontem, o presidente acusou os opositores de "desaforados", que "resolveram vender a idéia de que são os éticos" e disseminar a noção de que os petistas não são.

"Lula terá de estar sereno para aceitar as críticas e respondê-las. Não apenas dizendo, repito, que no passado isso aconteceu. Até porque o PT se elegeu exatamente para dizer que era diferente de tudo que existia no País", observou o governador mineiro, em entrevista à rádio CBN. "Estamos vendo que, infelizmente, o PT não é igual aos outros.

O governador de Minas, também candidato à reeleição, acredita que Lula, pela ação de pessoas próximas e, sobretudo, do PT e de algumas lideranças do partido, "terá de passar essa campanha tendo que dar muito mais explicações do que seria talvez esperado". "Para vencer, o presidente Lula terá de ser um candidato diferente daquele que nas últimas eleições não discutiu com profundidade as grandes questões do País.

Para Aécio, o "amigo" Lula não deveria tentar justificar os problemas de seu governo afirmando que "todos são iguais, os outros faziam também". Segundo ele, se ocorreram problemas no passado, que sejam investigados e que haja punições. "Isso não absolve aqueles que no exercício, seja de um mandato político ou atuando em cargos públicos, não tenham agido de forma adequada, não trataram de forma adequada o recurso público.

Ciclo

Na entrevista, Aécio voltou a dizer que Lula e o PT já tiveram sua oportunidade de governar o País. "Mas para o Brasil é preciso que esse ciclo se encerre, até para que o PT, de fora do governo se recicle, amadureça e, quem sabe, se prepare para uma nova oportunidade de governar o Brasil no futuro", afirmou, pedindo votos para o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin.

O governador de Minas ressaltou a boa relação pessoal que mantém com o presidente e reconheceu virtudes no governo Lula, como o programa Bolsa Família. Ele reiterou também que pretende manter as parcerias com o governo federal e com a prefeitura de Belo Horizonte, administrada pelo petista Fernando Pimentel.

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