Advogado nega ter tratado de contratos entre Gtech e Caixa

O advogado Denivaldo Henrique Almeida negou, nesta terça-feira, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, ter tratado de contratos entre a Caixa Econômica Federal e a Gtech com Enrico Gianelli, ex-advogado da empresa.

Gianelli já depôs na CPI, acusado de ter sido intermediário no suposto processo de contratação de Roberto Buratti pela Gtech, para facilitar a renovação do contrato com a Caixa. A Gtech é a empresa multinacional responsável pelos equipamentos e o processamento de dados relativos às casas lotéricas vinculadas à Caixa em todo o país.

Denivaldo Almeida disse que em 2003 participou de duas audiências públicas no Palácio do Planalto, promovidas pelo Grupo de Trabalho criado na Casa Civil para estudar o funcionamento de bingos no Brasil. Nessas audiências, explicou, representava a VWG Tecnologia Ltda., da cidade de Rio Claro, interior de São Paulo, e apresentou um projeto com o objetivo de evitar a lavagem de dinheiro nos bingos.

Mas foi desmentido pelo presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-RN), que disse ter recebido telefonema do procurador da República José Levi, informando que nas audiências Denivaldo Almeida estava acompanhado por dois diretores da Gtech ? e não da VWG, conforme havia anunciado.

Para o senador, o depoimento deixou claro que "há uma blindagem entre Denivaldo Almeida e Enrico Gianelli". Efraim Morais acrescentou que eles "são amigos pessoais, trocaram recentemente 320 ligações, e isso significa dizer que havia uma participação dos dois em relação ao contrato da Gtech com a Caixa".

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